Na índia, um conflito se criou em torno de um fenômeno, um crucifixo
do qual estaria brotando água.
A polêmica surgiu quando um cientista
contestou a explicação dada pelos católicos, segundo eles, o fenômeno
seria um milagre, já para o cientista, a explicação seria apenas um
encanamento rompido que estaria minando água para a peça.
Sanal Edamaruku, está sendo acusado de blasfêmia por seu
posicionamento contrário à versão religiosa.
Os fiéis estavam bebendo a
água que brotava do crucifixo, acreditando ser ela milagrosa.
O
cientista, que é presidente da Associação Racionalista Indiana,visitou o
local e disse que a água poderia ser prejudicial à saúde dos que a
bebessem, o que irritou os religiosos, motivando a denúncia que acusou o
cientista de “propagar o veneno anticatólico”.
Joseph Dias, secretário-geral do fórum secular católico-cristão, foi
um dos que contestou a explicação de Sanal, em um debate realizado em um
programa de TV, porém o cientista refutou, “Não tentem fazer a Índia
voltar ao obscurantismo”.
Ele ainda comparou a reação dos fiéis
católicos a de fundamentalistas islâmicos.
“Sempre disse que já duas Índias: a do século XXI, que é
progressista, moderna e científica, e a do século XVII, que nos faz
retornar a épocas obscuras de intolerância, hipocrisia e superstição”,
complementou o cientista Edamaruku.
Apesar de ser um país laico, mas o crime de blasfêmia ainda é
disposto no Código Penal do país, datado da época colonial.
Assim,
Edamaruku ainda corre o risco de ser condenado a 3 anos de prisão pelo
seu ato.