O governo dos Estados Unidos declarou que abolirá oficialmente nesta terça-feira a proibição da presença de homossexuais nas Forças Armadas. A medida põe fim à controversa medida instituída em 1993 que levou à expulsão de mais de 13 mil soldados.
(Reuters) Corporal Ativo da Marinha dos EUA, Rindon Jime (L) de Camp Pendleton recebe um abraço enquanto se prepara para marchar com militares ativos e não ativos dos EUA, pela primeira vez na parada do Orgulho Gay, San Diego em San Diego, 16 de julho de 2011. |
Com a decisão, homens e mulheres homossexuais poderão, de agora em diante, prestar o serviço militar sem temer represálias ou até mesmo a expulsão.
Segundo a Revista Veja, o Pentágono comunicou que já começou a aceitar solicitações de ingresso de homossexuais. Hoje, o chefe do Pentágono, Leon Panetta, falará em uma entrevista coletiva para dar detalhes sobre a nova decisão.
Atualmente há 48.500 homens e mulheres homossexuais e bissexuais em serviço ativo ou na reserva das Forças Armadas dos EUA, e outros 22 mil estão nas forças de reserva e aposentados, de acordo com estudo Instituto Williams, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), citado pela Veja.
No total, são mais de 70.500 homossexuais, que, por sua vez, representam 2,2% da força militar dos EUA, segundo esse estudo.
"Não pergunte, Não Fale"
O Congresso americano aprovou em dezembro a lei que revogou a política conhecida como "não pergunte, não fale". A orientação permitia que os homossexuais permanecessem no Exército sem, no entanto, revelar sua orientação sexual.
A política foi implementada durante o governo de Bill Clinton. A promulgação da lei não significou o fim imediato dessa orientação, e de acordo com a revista Veja, o Pentágono deveria primeiro iniciar um extenso período de certidão e preparação para as novas diretrizes.
Grupos defensores dos direitos humanos em todo o país comemoraram a anulação oficial da proibição, que passaram a chamar de ‘uma nova era’.
Segundo eles, a decisão honrará a contribuição de todos os americanos que, independentemente de sua orientação sexual, podem e querem prestar serviço militar.
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