Após críticas, pediu desculpas e alegou ser mal interpretado.
Pastor incentiva pais a espancarem filhos que “pareçam gay” e causa polêmica |
Sean Harris, da igreja Batista Bereana, na cidade
de Fayetteville, Carolina do Norte, está no centro de uma nova polêmica
envolvendo os homossexuais.
Durante um sermão ele sugeriu que os pais batessem nos filhos, se
perceberem que os meninos se comportam como “maricas”.
“Ele incentivou
os pais cristãos que é melhor quebrar ossos que “perder os filhos para a
homossexualidade”.
“Portanto, o seu filho pequeno começa a agir como uma menininha,
se ele tiver mais de quatro anos diga a ele para agir feito homem, tirar
o vestido e ir cavar uma vala, porque é isso que os meninos devem
fazer… Não pegue sua câmera e comece a tirar fotos do menino agindo como
uma menina e depois coloque no YouTube para todos rirem disso… Quando
você menos esperar seu garoto estará agindo com fantasias infantis que
deveriam ter sido esmagadas no início. Posso ser mais claro? Pais, no
instante em que vocês perceberem seu filho sem pulso firme, vá até ele e
quebre aquele pulso… Cara, dê-lhe um bom soco, ok? Diga: Você não deve
agir assim. Você foi feito por Deus para ser macho e você vai ser um
macho. E quando sua filha começa a agir como um menino, endireite ela.
Você diz, ‘Oh, não, querida. Você pode praticar esportes. Mas jogue para
a glória de Deus. Você deve agir como uma menina, andar como uma
menina, falar como uma menina e cheirar como uma menina. Assim você será
bonita.
Você será atraente.
Você vai usar vestidos bonitos…”, disse ele durante o polêmico sermão.
O áudio e o vídeo foram parar na Internet e geraram uma onda de
críticas.
Muitos sites e blogs reproduziram o vídeo e condenaram as
declarações do pastor, especialmente a comunidade GLBT.
Ele pediu
desculpas em um comunicado oficial, dizendo que foi tudo um mal
entendido e que tiraram suas palavras de contexto.
Durante entrevista a um programa de rádio, afirmou “Sei que aquelas
não foram as melhores palavras.
Se eu repetisse tudo de novo, escolheria
outras palavras”.
Ele faz questão de dizer que não está incentivando a
violência contra crianças, mas que apenas considera necessário defender
“a importância da distinção de gêneros criada por Deus”, “Eu não disse
que as crianças devem apanhar. (…)
Não disse nada com intenção de
ofender os membros da comunidade GLBT. Minha intenção era apenas
comunicar a verdade da palavra de Deus sobre o casamento”, escreveu ele
em seu blog.
O motivo de seu sermão e da repercussão é que a Carolina do Norte
deve votar em breve a legalização do casamento gay naquele Estado.
Assim
como em outros Estados americanos, desde o final de 2011 existem
manifestações a favor e contra a união de pessoas do mesmo.
Recentemente, o evangelista Billy Graham, que mora na Carolina do
Norte, escreveu um artigo para um jornal encorajando os eleitores a
votarem a favor da emenda constitucional que deve “banir” o casamento
gay.
“Assistir o declínio moral do nosso país me causa grande preocupação… eu creio que o lar e o casamento, a base de nossa sociedade, devem ser protegidos”.
“Nunca imaginei”, disse Billy Graham, “que aos 93 anos teria que
debater a definição de casamento.
Mas a definição de Deus é clara: na
Bíblia o casamento é entre um homem e uma mulher”.
A declaração do
pastor foi reproduzida em 14 grandes jornais americanos, e será
publicada em sua íntegra neste final de semana em vários outros.
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