Um grupo formado por evangélicos conscientes alertam sobre as negociações feitas entre pastores e candidatos políticos.
Campanha mobiliza cristãos a não aceitarem o “voto de cajado” |
A indicação de pastores tem muita influência no voto dos fiéis e esse
tem sido um dos motivos que fazem com que muitos líderes religiosos
aceitem negociar com candidatos políticos oferecendo esses votos como
moeda de troca.
Enquanto a grande maioria não enxerga problemas nessas
alianças, um grupo de cristãos resolveu protestar e alertar a todos
sobre o voto de cabresto nas igrejas evangélicas.
O movimento surgiu nas redes sociais
no dia 22 de agosto e por se tratar da relação entre pastores e ovelhas
e a palavra “cabresto” foi substituída por “cajado” surgindo assim a
campanha “Fale contra o voto de cajado”.
O secretário da Rede Fale, Caio Marçal, explica o principal motivo
dessa campanha:
“O papel dessa campanha é qualificar a participação da
igreja evangélica na vida pública brasileira que hoje tem a imagem
chagada por tantos escândalos que envergonham o testemunho cristão em
nosso país ocasionado pelo mau uso da influência que alguns líderes
religiosos”.
Quem desejar participar ou conhecer mais sobre essa mobilização pode acessar o site www.fale.org.br
e enviar imagens, vídeos ou textos referentes a essa discussão.
Além
disso, os internautas serão encorajados a se posicionarem em oração
clamando a Deus para que os fiéis tenham uma participação mais
consciente nas eleições 2012.
“Queremos convocar o povo evangélico para também orar para esse tipo
de abuso espiritual cesse e assim possamos resgatar o real sentido de
uma fé bíblica e transformadora”, diz Caio.
Felipe Degani, integrante da Rede Fale do Estado do Rio de Janeiro,
comenta uma matéria publicada no jornal O Globo de 19 de março deste ano
que falava sobre a importância do voto evangélico dizendo que os
principais candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro buscariam apoio dos
líderes religiosos.
“Naquele momento, ficou claro que o voto dos evangélicos é encarado
como um componente decisivo nas eleições em nosso país e – pior – um
componente negociado e manipulado por diversos interesses políticos,
como um segmento qualquer”, disse.
Degani tem consciência política e sabe que essa influência exercida
pelo pastor e seus interesses pode prejudicar na escolha de um novo
representante do povo.
“Propus a meus companheiros da Rede que
levantássemos uma campanha que alcançasse as igrejas evangélicas, com o
objetivo de conscientizar sobre a importância da política e sobre o jogo
de interesses que interferem em nossos arraiais para legitimar o
domínio de determinadas personagens que agem como ‘coronéis’”, afirma.
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