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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Você é um robô religioso?

Você tem tarefas na igreja, um cargo na congregação que frequenta, vive na correria. 
 
Você é um robô religioso?

Se é líder, sempre está pensando em atividades para fazer com seus liderados, cheio de estratégias para mantê-los na presença de Deus, repleto de ideias de como evangelizar, empolgação até o pescoço, congressos e encontros a agendar e… e… e…

E?

A questão é: aonde tudo isso vai levar seus liderados, você ou os demais membros de sua igreja? 

No final das contas, o que esse monte de coisas está contribuindo para a criação de uma mente cristã renovada, uma devocionalidade sólida e uma relação de intimidade entre Jesus e os irmãos?

Nunca podemos nos esquecer das razões pelas quais fazemos o que fazemos. 

Por que vivemos na correria? 

Por que organizamos atividades com os liderados?

Por que bolamos estratégias? 

Por que evangelizamos? 

Por que nos empolgamos? 

Por que organizamos congressos e encontros?

Um dos grandes perigos da vida em igreja e, especialmente, da liderança eclesiástica, é o ATIVISMO. 

É quando começamos a realizar coisas e a tocar o barco de forma tão automática que não paramos para pensar com profundidade nas motivações, nos objetivos bíblicos, nos benefícios espirituais do que fazemos. 

Pois igreja não é um clube ou uma academia, onde vamos cumprir uma agenda pré-definida de atividades e uma sequência de metas. 

Igreja é um organismo que pulsa vida. 

Portanto, se fazemos tudo automaticamente somos na verdade robôs. 

E robôs não têm vida: sua aparência é a de entidades vivas, mas não passam de circuitos e lataria organizados num conjunto lógico, para se movimentar, agir e desempenhar tarefas… automaticamente.

Você pensa a vida da igreja momento a momento? 

Ou faz tudo apenas reproduzindo o que viu alguém fazer? 

Será que o que dita a sua rotina de vida eclesiástica e/ou liderança é a vontade de Deus viva em seu coração ou mero ativismo?

Pare agora e reflita. 

Pense se você se lança nos braços de Deus a cada decisão que precisa tomar voltada para a igreja e/ou seus liderados. 

Porque, afinal de contas, quem lidera é você ou é Deus? 

Se você não deixar Jesus liderar, sua igreja não será um organismo vivo a serviço do Reino, mas um organismo ativista a serviço de uma pessoa ou de um grupo.

Procure bater um papo com seus irmãos e trocar experiências. 

Compartilhe com franqueza suas dificuldades e peça sugestões de como superá-las. 

Confesse com franqueza se você nota que está apenas vivendo um dia após o outro no seu papel ou na sua liderança, em vez de buscar ouvir de Deus a cada momento o que Ele deseja para as almas que entregou na sua mão. 

Se você chegar à conclusão que tem sido um ativista, mais do que um coração pulsante pela causa de Cristo, é hora de repensar tudo o que tem feito – pois todo robô um dia para de funcionar.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,

Maurício Zágari

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