Você tem tarefas na igreja, um cargo na congregação que frequenta,
vive na correria.
Se é líder, sempre está pensando em atividades para
fazer com seus liderados, cheio de estratégias para mantê-los na
presença de Deus, repleto de ideias de como evangelizar, empolgação até o
pescoço, congressos e encontros a agendar e… e… e…
E?
A questão é: aonde tudo isso vai levar seus liderados, você ou os
demais membros de sua igreja?
No final das contas, o que esse monte de
coisas está contribuindo para a criação de uma mente cristã renovada,
uma devocionalidade sólida e uma relação de intimidade entre Jesus e os
irmãos?
Nunca podemos nos esquecer das razões pelas quais fazemos o que
fazemos.
Por que vivemos na correria?
Por que organizamos atividades com
os liderados?
Por que bolamos estratégias?
Por que evangelizamos?
Por
que nos empolgamos?
Por que organizamos congressos e encontros?
Um dos grandes perigos da vida em igreja e, especialmente, da
liderança eclesiástica, é o ATIVISMO.
É quando começamos a realizar
coisas e a tocar o barco de forma tão automática que não paramos para
pensar com profundidade nas motivações, nos objetivos bíblicos, nos
benefícios espirituais do que fazemos.
Pois igreja não é um clube ou uma
academia, onde vamos cumprir uma agenda pré-definida de atividades e
uma sequência de metas.
Igreja é um organismo que pulsa vida.
Portanto,
se fazemos tudo automaticamente somos na verdade robôs.
E robôs não têm
vida: sua aparência é a de entidades vivas, mas não passam de circuitos e
lataria organizados num conjunto lógico, para se movimentar, agir e
desempenhar tarefas… automaticamente.
Você pensa a vida da igreja momento a momento?
Ou faz tudo apenas
reproduzindo o que viu alguém fazer?
Será que o que dita a sua rotina de
vida eclesiástica e/ou liderança é a vontade de Deus viva em seu
coração ou mero ativismo?
Pare agora e reflita.
Pense se você se lança nos braços de Deus a
cada decisão que precisa tomar voltada para a igreja e/ou seus
liderados.
Porque, afinal de contas, quem lidera é você ou é Deus?
Se
você não deixar Jesus liderar, sua igreja não será um organismo vivo a
serviço do Reino, mas um organismo ativista a serviço de uma pessoa ou
de um grupo.
Procure bater um papo com seus irmãos e trocar experiências.
Compartilhe com franqueza suas dificuldades e peça sugestões de como
superá-las.
Confesse com franqueza se você nota que está apenas vivendo
um dia após o outro no seu papel ou na sua liderança, em vez de buscar
ouvir de Deus a cada momento o que Ele deseja para as almas que entregou
na sua mão.
Se você chegar à conclusão que tem sido um ativista, mais
do que um coração pulsante pela causa de Cristo, é hora de repensar tudo
o que tem feito – pois todo robô um dia para de funcionar.
Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício Zágari
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