“É complicado quando qualquer igreja mistura o religioso com o poder político", afirmou.
Marcelo Rossi critica envolvimento de evangélicos com políticos |
Na inauguração, amanhã, do Santuário Theotokos – Mãe de Deus,
considerado a maior igreja católica do Brasil, estarão presentes o
governador Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab.
Mas o padre
Marcelo Rossi esperava ver também no altar Fernando Haddad, prefeito
eleito de São Paulo pelo PT.
Durante o período eleitoral, Dom Fernando Figueiredo, bispo da
diocese de Santo Amaro, a qual Rossi pertence, recomendou que os padres
deveriam abrir espaço a todos os políticos que quisessem falar nas
paróquias.
Quatro anos atrás, Figueiredo e o padre Marcelo dividiram
palanque com Serra e Gilberto Kassab.
Em 2012, José Serra recebeu novamente o apoio informal de Rossi que disse acreditar nele, segundo a Folha de São Paulo.
Além de José Serra (PSDB), Gabriel Chalita (PMDB) e Celso Russomanno
(PRB) passaram pelo Santuário do Terço Bizantino, onde Rossi realizava
suas missas, para receber a benção do padre eleito como o líder religioso mais influente do país.
Haddad esteve em uma missa em maio, mas o padre Marcelo não apareceu
na celebração, pois teve um contratempo.
O padre quebrara um dente na
ocasião e foi levado às pressas para fazer um implante.
Terminada a
campanha, Rossi admite “Estava em falta com ele”.
O padre afirma ter uma boa expectativa sobre o governo Haddad.
“Pelos
projetos que apresentou, vai ser benéfico à população”.
Mas
aproveitou para fazer uma ressalva “Eu acolhi todos, mas nunca apoiei”.
E
acrescentou “Jamais falei ‘vote neste ou naquele’, diferentemente do
que fizeram alguns evangélicos.
É complicado quando qualquer igreja
mistura o religioso com o poder político”.
A exemplo da eleição presidencial de 2010, pastores, bispos e
apóstolos evangélicos tiveram um papel de protagonistas.
Em diferentes
partes do país, os candidatos comemoravam o apoio de lideres religiosos e
muitas igrejas, inclusive, dedicaram-se a fazer campanha,
transformando-se em verdadeiros comitês eleitorais.
Curiosamente, o
prefeito eleito Fernando Haddad criticou no primeiro turno o uso
político da religião, mas no segundo conseguiu atrair vários pastores
para sua campanha.
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