Qual a verdadeira origem do nome Jesus? |
O nome português Jesus vem do latim Jesus.
Jerônimo
quando traduziu a Bíblia na versão conhecida como Vulgata usou o
original hebraico para traduzir o VT e uma versão chamada de Antiga
Latina junto com algumas outras versões em grego para traduzir o NT.
A
versão Septuaginta (grega) que traduzia o nome hebraico Yeshua como
Iesous serviu de base para a tradução da Antiga Latina.
A forma
latina “Iesus”, que aparece na Vulgata Latina de Jerônimo, não foi
inventada ou criada por Jerônimo, como afirmam erroneamente os adeptos
do Nome Yehôshuah, mas é simplesmente uma transliteração natural do
grego para a escrita latina.
Ou seja: do Grego para o Latim
I = I
E = E
S = S
OU = U
S = S
I = I
E = E
S = S
OU = U
S = S
Obs: O ditongo grego ou soa como u, por isso, Iesous, foi abreviado para Iesus.
Do Latim para o Português:
I = J
E = E
S = S
U = U
S = S
Como se formou o nome Jesus?
I = J
E = E
S = S
U = U
S = S
Como se formou o nome Jesus?
1. O “S” final no nome Jesus.
O
s final em Jesus se explica pela necessidade de tornar esse nome
declinável: como vimos os judeus substituíram o ayin final por um sigma
(o “s” grego) do caso nominativo.
Nos outros casos a palavra se declina
assim:
Iesou (genitivo), Iesoi (dativo), Iesoun (acusativo) e Iesou
(vocativo).
Com isso mataram-se dois coelhos com uma só cajadada: o nome
ficou declinável, e o ayin final, que não tem equivalente em grego, foi
substituído por um sigma (s).
Fato semelhante se deu com Judas,
que reflete a forma grega Ioudas, que em hebraico é Yehudah (Judá).
Outros nomes hebraicos que terminam com a gutural he tem em grego, em
latim e em português no final o som s: Isaías, Jeremias, Josias,
Sofonias et al.
Outro exemplo é o vocábulo Mashiach, que termina com a
gutural sonora cheth (ch), a qual em grego, em latim e em português deu
também lugar ao som s: em Messias.
2. O “S” médio em Jesus.
No
vocábulo hebraico Yeshua”, o grupo sh representa a consoante shin. Por
não haver em grego som correspondente a essa consoante fricativa
palatal, que soa como xis (por exemplo a palavra eixo), os judeus a
substituíram por sigma s, também fricativa mas línguodental, que em
grego, mesmo entre vogais, soa como ss. A evolução do termo de uma
língua para outra é a seguinte: Yeshua” (hebraico) > Iesous (grego)
> Jesus (latim) > Jesus (português).
3. De onde Surgiu a letra “J” no Nome Jesus?
Dizem
os adeptos do Movimento do Nome Yehoshuah que o nome correto de nosso
Salvador não pode ser “Jesus” por não existir a letra j na língua
hebraica.
A única transliteração ( reduzir um sistema de escrita a
outro, letra por letra) possível do nome do Messias é Yehoshuah, e não
Jesus, que seria uma deturpação greco-romana, pois na língua hebraica
não há correspondente para a letra “j”. Portanto, o nome do Senhor, para
essas pessoas, não poderia em hipótese nenhuma ser transliterado com a
letra “j”.
A questão da letra “J”.
É verdade
que o j não existe no hebraico, grego e latim.
Como, então, aparece
essa letra em nomes bíblicos em quase todas as línguas com as quais
estamos familiarizados?
Porque todas as Bíblias trazem Jeremias, Jacó,
Jersusalém, Judá sendo que não existia o J em hebraico?
O que
aconteceu foi o seguinte: os judeus da Dispersão, empenhados em traduzir
as escrituras hebraicas para o grego (a Septuaginta), não encontraram
nessa língua uma consoante que correspondesse ao yodh do hebraico, e a
solução foi recorrer à vogal grega iota, que corresponde ao nosso i.
Então escreveram Ieremias, começando com i, e assim por diante,
inclusive Iesous.
No hebraico a letra y yud representa tanto o som vogal
i como a consoante y.
O mesmo acontecia com o latim com as letras i e
u.
O emprego das letras j e v para representar i e u consonânticos
ocorreu na época do Renascimento, foi difundido por Pierre de la Ramée,
também conhecido como Petrus Ramus.
Foi filósofo francês, reformador da
lógica aristotélica, aderiu à reforma protestante em 1561.
Morto no
massacre que se seguiu à noite de são Bartolomeu.
Escreveu instituições
dialéticas (1543) e Contra Aristóteles (1543).
A expressão “letra
Ramista”, ficou sendo uma designação comum dada às consoantes j e v, em
homenagem a ele, que primeiro as distinguiu das vogais i e u em textos
franceses. (BARSA)
Por isso lemos Jerusalém, e não Yerushalayim;
Jeremias, e não Yeremiahu; Jonas, e não Yonah; Joaquim, e não Yehoiacin;
e assim por diante.
Há tempos, especialistas em hebraico são
unânimes em transliterar palavras que começam com a letra hebraica yod
(a letra inicial de Yehoshuah), ora com “i” (ou “y”), no caso de
substantivos comuns, ora com “j”, no caso de nomes próprios.
Uma rápida
consulta a qualquer léxico, analítico ou gramática de hebraico bíblico
confirma esta afirmação.
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