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terça-feira, 2 de abril de 2013

Santo Sudário não é uma farsa, revela pesquisa.

Uma pesquisa realizada na Universidade de Pádua, na Itália, em colaboração com as universidades de Módena e Bolonha, revelou que a data do Santo Sudário remonta ao primeiro século depois de Cristo

Ou seja, o pano que católicos acreditam ser o que envolveu o corpo de Jesus após sua morte está cada vez mais distante dos rumores de que era apenas uma farsa medieval e mais próximo da crença cristã.
  • sudário
    (Foto: Reprodução/Telegraph)
    Muitos católicos acreditam que o tecido de linho foi usado para cobrir o corpo de Cristo após ele ter sido crucificado.
Segundo o jornal britânico The Telegraph, os cientistas utilizaram um fragmento do tecido de linho com uma série de amostras de tecidos antigos. 

Descobriu-se, assim, a possibilidade de o material ter sido fabricado na época em que Jesus viveu.

Foram feitas três análises diferentes: uma mecânica e duas químicas. 

As análises envolveram exames com luz infravermelha, espectroscopia Raman – que mede a radiação – e testes com a tensão das fibras da mortalha. 

Ao final dos testes, os pesquisadores chegaram à conclusão de que a possibilidade de o Santo Sudário ser do tempo de Jesus é de 95%.

Os resultados da pesquisa foram publicados no livro “Il Mistero della Sindone” (O mistério do Sudário, em português), de autoria do coordenador da pesquisa Giulio Fanti e do jornalista Saverio Gaeta, ambos católicos. 

Os resultados rebatem outras pesquisas acerca do sudário – a última delas, realizada em 1988, havia registrado que o tecido teria sido fabricado na Idade Média e que, portanto, seria uma farsa.

Fanti afirma que os resultados da última pesquisa foram falsos por causa de uma contaminação do laboratório e que a atual investigação foi resultado de mais de quinze anos de pesquisa.

Os cientistas nunca foram capazes de explicar como a imagem do corpo de um homem pudesse ser transferida de maneira tão nítida para o tecido.

Giulio Fanti afirma que essa “impressão” foi causada por uma “radiação excepcional”, embora ele não tenha descrito o fenômeno como um milagre.

O Vaticano nunca afirmou se acredita ou não na autenticidade do Sudário. 

Entretanto, o papa emérito Bento XVI afirmou que a imagem enigmática impressa no tecido de linho lembra o sofrimento de Jesus.

Cesare Nosiglia, arcebispo de Turim e “guardador oficial do sudário”, afirmou à rede de TV italiana Rai que um aplicativo foi desenvolvido e sancionado pela igreja Católica chamado “Shroud 2.0”, que permite ao usuário ver imagem em alta definição e outros detalhes do sudário invisíveis a olho nu.

“Pela primeira vez na história, a imagem mais detalhada do sudário já alcançada está disponível para todo o mundo, graças a um sistema de streaming que permite dar close no pano. 

Cada detalhe do tecido pode ser ampliado e visualizado de um jeito que, se fosse diferente, não seria possível”, contaram os criadores do app.

O Santo Sudário foi exposto na catedral de Turim no feriado da Semana Santa envolto por uma placa de vidro blindado. 

A última vez que havia aparecido em público foi em 2010.

“Esta imagem, impressa no tecido, fala aos nossos corações e nos leva a subir até o Calvário, a olhar para a cruz de madeira e a mergulhar no eloquente silêncio do amor", disse o papa Francisco no sábado.

"Este rosto desfigurado lembra os rostos de todos os homens e mulheres marcados por uma vida que não respeita sua dignidade, pela guerra e pela violência que afligem os mais fracos", continuou o papa. 

"Ao mesmo tempo, a face estampada no Sudário transmite grandiosa paz.

Este corpo torturado transmite uma majestade soberana."

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