Uma
pesquisa realizada na Universidade de Pádua, na Itália, em colaboração
com as universidades de Módena e Bolonha, revelou que a data do Santo
Sudário remonta ao primeiro século depois de Cristo.
Ou seja, o pano que católicos acreditam ser o que envolveu o corpo de Jesus após sua morte está cada vez mais distante dos rumores de que era apenas uma farsa medieval e mais próximo da crença cristã.
- (Foto: Reprodução/Telegraph)Muitos católicos acreditam que o tecido de linho foi usado para cobrir o corpo de Cristo após ele ter sido crucificado.
Segundo
o jornal britânico The Telegraph, os cientistas utilizaram um fragmento
do tecido de linho com uma série de amostras de tecidos antigos.
Descobriu-se, assim, a possibilidade de o material ter sido fabricado na
época em que Jesus viveu.
Foram feitas três análises diferentes:
uma mecânica e duas químicas.
As análises envolveram exames com luz
infravermelha, espectroscopia Raman – que mede a radiação – e testes com
a tensão das fibras da mortalha.
Ao final dos testes, os pesquisadores
chegaram à conclusão de que a possibilidade de o Santo Sudário ser do
tempo de Jesus é de 95%.
Os resultados da pesquisa foram
publicados no livro “Il Mistero della Sindone” (O mistério do Sudário,
em português), de autoria do coordenador da pesquisa Giulio Fanti e do
jornalista Saverio Gaeta, ambos católicos.
Os resultados rebatem
outras pesquisas acerca do sudário – a última delas, realizada em 1988,
havia registrado que o tecido teria sido fabricado na Idade Média e que,
portanto, seria uma farsa.
Fanti afirma que os resultados da
última pesquisa foram falsos por causa de uma contaminação do
laboratório e que a atual investigação foi resultado de mais de quinze
anos de pesquisa.
Os
cientistas nunca foram capazes de explicar como a imagem do corpo de um
homem pudesse ser transferida de maneira tão nítida para o tecido.
Giulio Fanti afirma que essa “impressão” foi causada por uma “radiação
excepcional”, embora ele não tenha descrito o fenômeno como um milagre.
O Vaticano nunca afirmou se acredita ou não na autenticidade do Sudário.
Entretanto, o papa emérito Bento XVI afirmou que a imagem enigmática impressa no tecido de linho lembra o sofrimento de Jesus.
Cesare
Nosiglia, arcebispo de Turim e “guardador oficial do sudário”, afirmou à
rede de TV italiana Rai que um aplicativo foi desenvolvido e sancionado
pela igreja Católica chamado “Shroud 2.0”, que permite ao usuário ver imagem em alta definição e outros detalhes do sudário invisíveis a olho nu.
“Pela
primeira vez na história, a imagem mais detalhada do sudário já
alcançada está disponível para todo o mundo, graças a um sistema de
streaming que permite dar close no pano.
Cada detalhe do tecido pode ser
ampliado e visualizado de um jeito que, se fosse diferente, não seria
possível”, contaram os criadores do app.
O Santo Sudário foi
exposto na catedral de Turim no feriado da Semana Santa envolto por uma
placa de vidro blindado.
A última vez que havia aparecido em público foi
em 2010.
“Esta imagem, impressa no tecido, fala aos nossos
corações e nos leva a subir até o Calvário, a olhar para a cruz de
madeira e a mergulhar no eloquente silêncio do amor", disse o papa Francisco no sábado.
"Este
rosto desfigurado lembra os rostos de todos os homens e mulheres
marcados por uma vida que não respeita sua dignidade, pela guerra e pela
violência que afligem os mais fracos", continuou o papa.
Este corpo torturado transmite uma majestade soberana."
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