Os incidentes da vigília chamada “ Dia do Fim”, promovida pela Igreja Universal do Reino de Deus em Angola, durante o réveillon, ainda repercutem na imprensa do país.
Segundo o site O País,
o local onde foi realizado o evento, chamado de Estádio da Cidadela,
foi alvo de uma disputa entre a Igreja Universal e a Igreja Mundial.
A Universal teria vencido a concorrência e ficado com o estádio onde
ocorreram os incidentes, que resultaram na morte de 16 pessoas e mais de
120 feridos.
“Acreditamos que neste dia tenha havido uma competição sobre quem
iria movimentar mais seguidores, razão pela qual tinham apostado forte
na publicidade e propaganda”, contou uma fonte da Polícia Nacional,
referindo-se à guerra entre as denominações neopentecostais.
O diretor do estádio, Joaquim Muachica,
afirmou que houve superlotação, mas que os números tem sido exagerados:
“É tudo especulação.
Não houve superlotação de 250 mil pessoas como se
especula.
Não sei quantas pessoas estavam no estádio, mas não podia
haver 250, porque era impossível”, disse, ressaltando que a capacidade
do local é de 30 mil pessoas e que a Universal nunca informou qual era a
expectativa de público.
Segundo Muachica, a IURD cumpriu as exigências de segurança: “Não se
pode falar em negligência porque acompanhei a atividade toda desde as
sete da manhã até às quatro horas quando fui para casa.
Temos de
lamentar as mortes, mas todos os pressupostos foram cumpridos”, afirmou.
As autoridades policiais dizem que o local mais indicado para uma
cerimônia com as proporções do evento “Dia do Fim” seria um campo aberto
nos arredores da capital Luanda, onde o Papa Bento XVI realizou uma
missa, em 2009.
O site O País registrou também a indignação pela publicação da Arca
Universal, que não mencionou os incidentes ocorridos em Angola e afirmou
que 2012 acabou “em grande estilo”.
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