Maioria das alunas diz fazer feitiços “do bem”.
Escola forma bruxas adolescentes no Brasil |
A
Casa de Bruxa, localizada em Santo André/SP, tem se popularizado por
ensinar adolescentes a se tornarem feiticeiras.
São aulas de botânica,
astronomia e culinária.
O custo é R$ 1.876 a cada 13 lunações, cerca de 4
meses.
O total são necessário são 2 anos para se obter o diploma.
Com
o nome oficial de Universidade Livre de Holística, a Casa da Bruxa vê
sua popularidade crescer por causa de livros e filmes que mostram bruxas
e seres sobrenaturais como heróis, caso das séries Harry Potter,
Crepúsculo e “Dezesseis Luas”, que estreia hoje no Brasil.
Laura
Regina de Santana, 18, e Larissa Miotto, 16, são estudantes da
Universidade.
A mais velha diz que começou a estudar bruxaria após
participar de um ritual e ler os livros ‘As Brumas de Avalon’.
A mais
nova teve influência dos pais.
“Minha mãe é bruxa e meu pai é mestre de
reiki”, conta a reportagem do IG.
“Eu gosto de bruxaria desde que
eu me entendo por gente”, acrescenta, enfatizando que frequenta a Casa
de Bruxa desde que nasceu, mas só se tornou aluna oficialmente ano
passado.
Segundo as adolescentes, elas são constantemente alvos de
brincadeiras maldosas de pessoas que não aceitam sua opção.
“Quando
ficam sabendo que sou bruxa, os meninos começam a falar:
‘Nossa, sai
daqui.
Amarrado em nome de Jesus’”, lamenta Larissa.
“Já me perguntaram
se eu faço um pacto com o demônio, se eu ofereço coisas para ele”.
“Há
pessoas que fazem coisas ruins, mas a maldade está nelas e não na
bruxaria”, diferencia Larissa.
Todos os meses, as bruxas fazem
celebrações para a Lua Cheia.
Além disso, fazem seus feitiços “do bem” e
cuidam de seu altar individual de bruxa.
“Ele é meio como se fosse a
nossa vida, então, quando você o organiza, é como se arrumasse ela
também”, explica a aprendiz.
Todos os estudantes da Casa de Bruxa
usam capa, caldeirão, varinha mágica e chapéu.
Mas a escola enfatiza que
só pode frequentar as aulas quem tiver a autorização dos pais.
No
final, elas passam por uma espécie de ritual de consagração, uma
formatura em que receberão seu “nome mágico”, que é mantido em segredo.
Para
os alunos, isso não é o mais importante.
Afinal, eles acreditam que
muita gente faz algum tipo de ritual mágico, chamados de simpatias.
“Comer
sete sementes de romãs no Ano Novo, por exemplo, é coisa de bruxa”,
explica Laura.
Ou seja, todos nós somos feiticeiros e nem sabíamos
disso.
Já para Larissa, “toda mulher tem um pouco de bruxa”.
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