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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Relativismo em teologia: `verdade NÃO absoluta` preocupa teólogo brasileiro.

Se não há uma verdade absoluta, então por que acreditar na Bíblia? 

Relativismo em teologia preocupa teólogo brasileiro.

  • Rev. Augustus Nicodemus
    Foto: http://mackenzie-rio.edu.br/

Doutor em Interpretação Bíblica pelo Instituto Teológico de Westminster, o Rev. Augustus Nicodemus traz à tona a problemática dos que não aceitam a Bíblia com a verdade absoluta.

Em um artigo publicado em seu blog, Nicodemus fala sobre pastores e teológos que acreditam que a teologia boa é “só aquela que está sendo feita agora”. 

Ele disse isso referindo-se aos que declaram que “não existe verdade absoluta, tudo é relativo”.

Mas as dificuldades em se considerar que cada geração entende Deus, a Bíblia e as grandes verdades do Cristianismo de uma maneira diferente de outra geração e de pessoas de outra cultura, são várias, ele aponta.

Em primeiro lugar, cada nova geração teria que definir de novo o que é o Cristianismo, uma vez que ele já foi definido e seus limites estabelecidos durante os primeiros séculos depois de Cristo.

“Os grandes credos ecumênicos da Cristandade estabelecidos nas gerações posteriores nos deram de forma sintetizada a doutrina de Cristo, da Trindade, entre outras, as quais o Cristianismo histórico adota até hoje.”

E assim, ele questiona: “o que eles [os teólogos progressistas] têm descoberto e oferecido mais recentemente que seja novo acerca do ser e das obras de Deus, da pessoa de Cristo e de sua morte e ressurreição?”

“Quando não caem nas antigas heresias, repetem simplesmente o que já foi dito por outros em tempos passados”, acrescenta ele.

A perspectiva do relativismo acaba com a distinção entre teologia certa e teologia errada, aponta o estudioso, e anistia todas as heresias já surgidas na história da Igreja.

Como exemplo, Nicodemus aponta a soteriologia, que fala sobre a salvação do homem. 

Segundo ele, a doutrina de que o homem é justificado pela fé somente, sem as obras ou méritos humanos, foi estabelecida cedo na Igreja cristã e reafirmada na Reforma protestante.

Sendo assim, o que os “nossos teólogos progressistas” teriam de novo a dizer sobre isso? 

Questiona ele.

“Os que tentaram, caíram nas antigas heresias soteriológicas já discutidas e refutadas ad nauseam pelos Pais da Igreja e pelos Reformadores.”

O estudioso tal posicionamento de uma postura agnóstica. 

“Os teólogos relativistas acreditam em que? Em tudo e, portanto, em nada”.

Em última análise, o teólogo afirma que essa visão acaba por privar as pessoas da Bíblia. 

“Quem defende essa visão, geralmente, tem dificuldades em aceitar que as Escrituras do Antigo Testamento e Novo Testamento foram dadas por inspiração divina”.

“Para ser coerente, quem defende que toda teologia é relativa, imperfeita e subjetiva, e que é válida somente dentro dos limites da cultura e da geração em que foi produzida, não poderia aceitar para hoje a teologia de Paulo, a de Pedro, a de João, a de Isaías. 

Teria de rejeitar as Escrituras como um todo, pois elas são a teologia de Israel e da Igreja, elaboradas em uma época e em uma cultura completamente diferente da nossa”.

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