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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Cardeal afirma que celibato dos padres não é uma das causas dos casos de pedofilia na Igreja Católica.


O cardeal norte-americano William Joseph Levada, responsável no Vaticano pelos procedimentos relativos às denúncias de pedofilia contra integrantes da igreja, afirmou que o celibato não tem relação com as centenas de denúncias de casos de pedofilia envolvendo padres.

Levada, que é prefeito da Congregação para Doutrina da Fé no Vaticano, está em Belo horizonte participando do seminário Dom do Celibato, que se estende até quarta feira (23). Segundo o cardeal o celibato é “uma vocação que precisa ser compreendida pela sociedade”.

Ele disse também que é natural a objeção causada por essa opção nas pessoas, visto que essa “não é uma condição natural da humanidade”.

De acordo com a CNBB, Levada afirmou que o celibato é um “testemunho de dedicação ao povo e à Igreja, um caminho para o sacerdote seguir o exemplo de Jesus.”

“O problema mais central é a formação da sexualidade humana.

Se alguém, por exemplo, é ordenado padre, mas não foi adequadamente formado nessa questão, talvez ele terá uma propensão maior (à pedofilia).

A falta de uma formação madura humana no campo da sexualidade deve ser vista como a causa da pedofilia”, argumentou Levada, que trabalhou na cartilha lançada em maio pela Santa Sé com diretrizes de procedimentos em casos de abuso infantil.

O cardeal comentou sobre o caso de Jerry Sandusky, treinador de futebol americano da Universidade Estadual Penn, no Estado norte-americano da Pensilvânia, que é investigado pela suspeita de ter abusado de mais de 20 menores durante os 20 anos que foi treinador da universidade.

“O celibato não causa pedofilia. A pedofilia não está ligada somente a celibatários”, declarou Levada.

O cardeal ressaltou também a posição da Igreja Católica contra o casamento de pessoas do mesmo sexo, segundo ele o casamento entre homem e mulher é um “meio de proteger a instituição humana”. 

Porém declarou repudio a qualquer tipo de violência e intolerância contra homossexuais e declarou que os sacerdotes católicos devem ser defensores dos valores humanos.

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