Divergências com o governo Dilma gera novo enfrentamento político.
Bancada evangélica se une a ruralistas para derrotar governo |
Mais uma vez a bancada evangélica está em rota de colisão com o governo da presidente Dilma Rousseff.
Nem a indicação de Marcelo Crivella (PRB) para o Ministério da Pesca diminuiu os atritos ideológicos.
Primeiro foi a campanha contra a PL-122 e o chamado “kit gay”, encomendado pelo Ministério da Educação.
Este ainda pode ser usado contra o ex-ministro Fernando Haddad, candidato a prefeito de São Paulo pelo PT.
Depois, foram às pesadas criticas aos ministros Eleonora Menicucci (políticas para mulheres), que defende a legalização do aborto, e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), que defendeu uma disputa "ideológica"contra as igrejas evangélicas.
Agora, o centro do confronto é a venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa.
Depois de terem uma vitória da frente parlamnetar Evangélica, o governo anunciou que vai honrar o acordo firmado com a Fifa em 2007, em que o país se comprometeu a liberar as cervejas durante os jogos.
A estratégia dos deputados evangélicos foi buscar o apoio dos ruralistas para tentar impor derrotas ao governo no Congresso.
As duas bancadas, que reúnem mais de 170 deputados, devem votem unidas nos principais projetos em discussão na Câmara: a Lei Geral da Copa e o Código Florestal.
Por sugestão dos evangélicos, os dois grupos tentarão derrubar o artigo que libera explicitamente a venda de bebidas.
Em contrapartida, os evangélicos apoiariam os ruralistas, votando a favor do relatório de Paulo Piau (PMDB-MG) sobre o Código Florestal.
A reforma no texto desagrada o governo por ter suprimido trecho sobre o bloqueio do crédito para quem não aderir a programas de regularização ambiental em cinco anos.
A estratégia de unir forças foi costurada por Campos e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que também é evangélico, e apresentado ao líder dos ruralistas, Moreira Mendes (PSD-RO).
Mendes diz que a ideia será discutida por sua bancada na próxima segunda-feira.
Por sua vez, o deputado João Campos (PSDB-GO), líder da bancada evangélica no Congresso, declarou:
“Vamos nos unir para o bem do país”.
Além desses dois grupos, outros deputados insatisfeitos da base governamental ameaçam votar contra o governo nesses pontos.
O Planalto estuda adiar as votações, pois sabe que com a aliança entre as bancadas, a maioria governista não é suficiente para aprovar os projetos com folga.
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