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sábado, 17 de março de 2012

Bancada evangélica se une a ruralistas para derrotar governo.

Divergências com o governo Dilma gera novo enfrentamento político.


Bancada evangélica se une a ruralistas para derrotar governo
Mais uma vez a bancada evangélica está em rota de colisão com o governo da presidente Dilma Rousseff. 

Nem a indicação de Marcelo Crivella (PRB) para o Ministério da Pesca diminuiu os atritos ideológicos.

Primeiro foi a campanha contra a PL-122 e o chamado “kit gay”, encomendado pelo Ministério da Educação. 

Este ainda pode ser usado contra o ex-ministro Fernando Haddad, candidato a prefeito de São Paulo pelo PT.

Depois, foram às pesadas criticas aos ministros Eleonora Menicucci (políticas para mulheres), que defende a legalização do aborto, e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), que defendeu uma disputa "ideológica"contra as igrejas evangélicas.
 
Agora, o centro do confronto é a venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa. 

Depois de terem uma vitória da frente parlamnetar Evangélica,  o governo anunciou que vai honrar o acordo firmado com a Fifa em 2007, em que o país se comprometeu a liberar as cervejas durante os jogos.

A estratégia dos deputados evangélicos foi buscar o apoio dos ruralistas para tentar impor derrotas ao governo no Congresso.

As duas bancadas, que reúnem mais de 170 deputados, devem votem unidas nos principais projetos em discussão na Câmara: a Lei Geral da Copa e o Código Florestal.

Por sugestão dos evangélicos, os dois grupos tentarão derrubar o artigo que libera explicitamente a venda de bebidas. 

Em contrapartida, os evangélicos apoiariam os ruralistas, votando a favor do relatório de Paulo Piau (PMDB-MG) sobre o Código Florestal.

A reforma no texto desagrada o governo por ter suprimido trecho sobre o bloqueio do crédito para quem não aderir a programas de regularização ambiental em cinco anos. 

A estratégia de unir forças foi costurada por Campos e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que também é evangélico, e apresentado ao líder dos ruralistas, Moreira Mendes (PSD-RO).

Mendes diz que a ideia será discutida por sua bancada na próxima segunda-feira. 

Por sua vez, o deputado João Campos (PSDB-GO), líder da bancada evangélica no Congresso, declarou:

“Vamos nos unir para o bem do país”.

Além desses dois grupos, outros deputados insatisfeitos da base governamental ameaçam votar contra o governo nesses pontos. 

O Planalto estuda adiar as votações, pois sabe que com a aliança entre as bancadas, a maioria governista não é suficiente para aprovar os projetos com folga.

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