O Ministério Público Federal em São Paulo divulgou denúncia em que o
bispo Edir Macedo e mais três dirigentes da Igreja Universal do Reino de
Deus são acusados de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
proveniente de doações de fiéis.
As informações constantes na denúncia, que foi apresentada no dia 1
de setembro pelo procurador Luís Martins de Oliveira, dão conta que o
grupo teria utilizado os serviços de uma casa de câmbio de São Paulo
para mandar recursos de forma ilegal para os Estados Unidos, entre 1999 e
2005.
Para o procurador, os "pregadores valem-se da fé, do desespero ou da
ambição dos fiéis para lhes venderem a idéia de que Deus e Jesus Cristo
apenas olham pelos que contribuem financeiramente com a Igreja e que a
contrapartida de propriedade espiritual ou econômica que buscam depende
exclusivamente da quantidade de bens materiais que entregam".
A denúncia diz que os frequentadores da Universal seriam vítimas de
estelionato. Além disso, os denunciados são acusados de declarar à
Receita Federal apenas parte dos recursos arrecadados das doações.
Em 2009, o Ministério Público Estadual de São Paulo chegou a
apresentar denúncia contra Macedo e oito dirigentes da Igreja por
lavagem de dinheiro, mas o Tribunal de Justiça do estado anulou o
processo, em outubro de 2010, porque entendeu que a investigação deveria
ser remetida para a Justiça Federal.
De acordo com o Ministério Público, além de utilizar dinheiro doado
por fiéis para adquirir empresas de comunicação e outros bens, o mesmo
era enviado ao exterior e voltava ao Brasil por meio de empresas de
fachada. O processo está em andamento na 9 Vara Criminal de São Paulo.
As informações são do G1 e O Globo.
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