Cristãos do norte da Nigéria manifestaram temor de que os ataques de militantes islâmicos acabem mergulhando o país em uma guerra religiosa, após os muçulmanos realizarem uma série de ataques com bombas no dia do natal.
O alerta foi feito nesta terça-feira em comunicado divulgado pela Associação Cristã da Nigéria (CAN), organização que reúne várias denominações, incluindo católicos, protestantes e igrejas pentecostais, segundo informado pela agência Reuters.
Os ataques deixaram cerca de duas dezenas de mortos no país mais populoso da África.
Este ano foi o segundo Natal seguido que o país enfrentou derramamento de sangue em igrejas cristãs.
Ambos os ataques foram causados pela seita islâmica Boko Haram, que quer impor a lei sharia (lei islâmica) na Nigéria.
A sharia rege todos os aspectos da vida nas comunidades muçulmanas e reúne um conjunto de regras e princípios, alguns fixos e outros mutáveis, interpretados e aplicados de acordo com cada região ou governante.
Os princípios da sharia incluem penas para diferentes tipos de crimes e ofensas prescritas no Alcorão, como sexo fora do casamento, adultério, consumo de bebida alcoólica, roubo e assalto em estrada.
As punições para essas ‘infrações’ vão desde chicotadas até apedrejamento, seguidos por amputação, exílio e até execução.
O secretário-geral da organização Boko Haram pediu que os líderes muçulmanos controlassem seus fiéis, antes que os cristãos fossem obrigados a se defender em ataques futuros.
Ele teme que a situação se degenere para uma guerra religiosa e que o país não resista a mais esse revés.
Controverso, ele recomendou que os cristãos seguissem respeitando a lei, mas que se defendessem se assim fosse necessário.
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