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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Carloz Queiroz: O Cristianismo Daqui a 50 anos; 'Comunidades Clandestinas’

Como será o Cristianismo no Brasil daqui a 50 anos? O Pastor Carlos Queiroz, teólogo, professor e atual diretor executivo da organização social DIACONIA, afirma que “As comunidades de Jesus Cristo vão Continuar ‘Clandestinas’.
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(Foto: Radar 171)

Como um dos principais conferencistas da atualidade, Queiroz compartilha de suas perspectivas sobre como vai ser alguns aspectos relevantes do Cristianismo para daqui a 50 anos. Ele comenta sobre a propagação do Evangelho, escatologia e missão integral da Igreja Evangélica.
Daqui a 50 anos, o Pastor Carlos Queiroz acredita que o Evangelho terá alcançado os limites confins da terra, mas “os evangélicos e as religiões não”. Queiroz parece aqui sugerir que há uma diferença entre os evangélicos e a religião, e o Evangelho.
Segundo ele o Evangelho já chegou no meio de “pobres”, dos quais “ninguém gosta”, o que parece dizer que os que se dizem “evangélicos” não são os que estão levando verdadeiramente o Evangelho aos confins da Terra.
Mas, acredita ele, ‘graças a Deus o Evangelho já chegou entre eles”. Ainda, o teólogo ironiza que a religião “dos evangélicos” também não tem chegado lá, o que se entende que não é propriamente a religião em si que está difundindo a verdade da palavra de Deus.
Falando de maneira “metafórica” Queiroz faz referência com o que está ocorrendo no Brasil hoje, com o advento das megaigrejas e crescimento em número de evangélicos. Segundo ele, isso vai continuar ocorrendo, comparando com futebol/esportes. Entretanto, o ele sugere que as verdadeiras comunidades de Cristo fircarão “clandestinas”.
“As religiões vão continuar atraindo como o futebol/esportes. As comunidades de Jesus Cristo vão continuar “Clandestinas” e invisíveis como o sal e firmes na fé.”
Em relação aos fins do tempos, assuntos escatológicos, como a manifestação do anti-Cristo, para Queiroz se o anti-Cristo fosse tudo que se levanta contra a obra de Deus, o mesmo já faz tempo que esta entre nós. Entretanto, diz ele, se consideramos o anti-Cristo como sendo um personagem, ele prefere não opinar.
Queiroz também acredita que a instituição evangélica não vai fazer diferença na sociedade no futuro. O que vai continuar impactando o mundo, de acordo com ele, são “o sal da terra”, a “luz do mundo”, que são as comunidades clandestinas relevantes.
Para ele muitos dos Cristãos constantemente confundem a intituição Igreja com povo de Deus. “O problema é que pensamos que as nossa instituições evangélicas é que são essas comunidades”.
As gerações passadas tiveram mais influência na sociedade do que a geração de hoje, segundo ele. “Fomos mais relevantes na geração passada”, disse e acrescentou: “No passado éramos menores, mas melhores. Penso que hoje somos maiores, mas piores.”
Como um teólogo apaixonado por missão intergal, Queiroz mostra-se preocupado com a imagem da Igreja nos próximos 50 anos, pois para ele não seremos lembrados como hoje lembramos de líderes e instituição de séculos passados.
“Serão lembrados pelos desmandos políticos, serão lembrados pela capacidade de fazerem do empreendimento religioso um grande negócio.”
Queiroz critica o fato de sermos objeto de pesquisa sobre mercado e religião quando deveríamos ser razão de pesquisa sobre influências nas comunidades.
“Já existem muitos estudos acadêmicos sobre mercado e religião e os evangélicos se tornaram os principais campos de estudos nesse tema....Se buscarem investigação nas comunidades dos pobres, serão lembrados pelo barulho”.
Alan César Corrêa é estudante de teologia da Faculdade Batista do ABC (FABC).
 
Fonte:
http://portuguese.christianpost.com/noticias/20110704/carloz-queiroz-o-cristianismo-daqui-a-50-anos-comunidades-clandestinas/pageall.html

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