Cresce o mercado de produtos que seguem a sharia (lei islâmica).
Cartão de crédito muçulmano mostra a maneira correta de orar |
O banco estatal Al Hillaj, dos Emirados Árabes Unidos,
encontrou uma maneira criativa para ajudar seus clientes a cumprir a
sharia, a lei islâmica.
Além de não cobrar juros nos empréstimos, algo
proibido pelo Alcorão, o banco incorporou em seus cartões de crédito uma
bússola.
Ela serve para indicar o caminho para Meca, para onde o
muçulmano fiel deve olhar quando faz as orações cinco vezes ao dia.
O Al Hillaj diz que não sofre prejuízo ao seguir a sharia, que
considera a “riba” (cobrança de juros) uma exploração dos semelhantes.
“Continuamos vendo uma demanda crescente, especialmente no Oriente
Médio, pelo sistema bancário islâmico, e mais especificamente nesse
caso, pelos nossos cartões que ajudam as pessoas a cumprir os princípios
da fé islâmica”, disse o porta-voz da Master Card, James Issokson.
Ele explica que uma parcela do dinheiro gasto com o cartão é doado a
uma instituições de caridade, cumprindo assim outro mandamento islâmico,
a obrigação de fazer caridade, ou zakat.
Além disso, o uso do cartão ajuda os donos a acumular pontos, que
podem ser usados para fazer o Hajj, peregrinação a Meca, um dos outros
pilares do Islã.
O mercado de produtos que seguem a sharia tem crescido nos últimos
anos, com milhões de muçulmanos de todo o mundo se tornando clientes.
O setor bancário islâmico reúne mais de 500 fundos internacionais que
seguem a sharia, girando cerca de US$ 1,5 trilhão em ativos, um aumento
substancial desde que os primeiros foram fundados há sete anos, explica
o jornal Daily Mail.
O diretor executivo do Banco Central do Bahrein, Abdul Rahman Al
Baker disse durante a recente Conferência Mundial de Mercados
Financeiros e Fundos Islâmicos:
“Apesar da recente crise de crédito e
desaceleração econômica global, as perspectivas de crescimento no
mercado de títulos islâmicos são positivas”.
Traduzido de Times of Israel e Daily Mail
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