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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Que luz é aquela que aparece no segundo dia da criação?

Se o sol e os demais luminares foram criados no quarto dia, que luz é aquela que aparece no segundo dia da criação?
Diferença entre Gênesis 1-4, e Gênesis 1-14 e15.

Antes de respondermos a essa pergunta, é necessário reiterar que a Palavra de Deus é a verdade. 

Ela foi dada por inspiração divina. 

Portanto, é infalível e inequívoca e o árbitro final em todas as discussões. 

Sua autoridade é derivada do seu Autor, e não das opiniões dos homens (Rm 15.4; 2Tm 3.15-16; 2Pe 1.21). 

Outra verdade que precisamos ter em mente é que toda a criação foi repentina e feita do nada (o que os estudiosos chamam de Creatio Êx Nihilo). 

Houve um tempo em que a luz não existia, mas, repentinamente, ela apareceu. 

O mesmo aconteceu com tudo que veio a existir (Sl 33.6-9;148.1-6; Hb 11.3). 

Dar uma resposta definitiva quanto ao que era essa luz é muito difícil, até mesmo para os estudiosos do assunto.

Entretanto, podemos inferir algumas conclusões. 

É muito relevante que Deus tenha criado a luz antes do sol. 

É interessante notar também que o nome “sol” foi dado a essa estrela apenas em Gênesis 15.12. 

Isso significa, para muitos estudiosos, uma resposta antecipada de Deus contra a adoração desse ser inanimado. 

Muitos povos pagãos da antigüidade, principalmente os egípcios, adoravam o sol como uma divindade, mas, antes de sua existência, Deus já existia em toda sua glória (Sl 90.2; 102.25-27; Is 40.28; Jo 5.26; 1Tm 1.17; 6.16).

Assim, depreende-se que a luz a que se refere Gênesis 1.4 trata-se da manifestação da glória de Deus em forma de luz (1Jo 1.5) antes mesmo da criação dos seres animados e inanimados. 

Dessa forma, Deus mostra para o homem que Ele é superior a tudo que existe e se move sobre a terra (Rm 13.1; Hb 6.13). 

Isso também serve para mostrar que as coisas criadas não são divindades, portanto não são Deus (doutrina conhecida como “panteísmo”), embora a criação seja prova suficiente da existência de Deus (Sl 19.1-6; Rm 1.20).


Fonte: Revista DF

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