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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Jesus curou um ou dois endemoninhados em Gadara?


O fato em questão encontra-se em Mateus 8.28-34 (comparar Marcos 5.1-20 e Lucas 8.26-39). 

A distinção dos relatos dos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas é que Mateus fala de dois endemoninhados, enquanto Lucas e Marcos apenas de um. Mas, afinal, eram dois ou um? 

A explicação, neste caso, é que Mateus foi mais detalhista em seu escrito, como aconteceu também no relato que ele fez a respeito da cura de dois cegos (Ver Mt 20.30). 

Quanto a Marcos e Lucas, eles se ocuparam apenas em focalizar o endemoninhado proeminente. 

O que devemos levar em consideração no relato desses evangelistas é o propósito de suas narrativas. 

Ou seja, seu ponto principal: houve ou não o milagre da libertação? 

Os autores têm a mesma posição quanto ao poder de Cristo? 

São unânimes ao demonstrar evidências de que Jesus era de fato o Messias ou vacilam nas credenciais messiânicas? 

Podemos perceber, no Novo Testamento, que todos os evangelistas procuram apresentar evidências conclusivas sobre a vida, ministério, sacrifício, morte e ressurreição de Jesus. 

E não apenas os evangelistas, mas os inimigos de Cristo (as classes religiosas de sua época e os historiadores céticos) também registram essas evidências. 

Quanto aos pormenores, cada um escreveu segundo sua própria perspectiva. 

E faziam isso de acordo como os detalhes lhes saltavam aos olhos: 

“O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada); o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. 

Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra” (1 Jo 1.1-4).

Fonte: Revista DF

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