Pela primeira vez em sua história, os Estados Unidos não têm mais uma maioria protestante, de acordo com um estudo recente.
Essa foi uma das principais manchetes da mídia americana nesta semana.
Desde
que os Peregrinos chegaram, os EUA eram uma nação predominantemente
protestante. Mas o século XXI trouxe mudanças drásticas.
A percentagem
de adultos protestantes nos EUA atingiu 48 por cento em sua constante
queda desde décadas atrás.
Enquanto isso, o número de americanos que não têm nenhuma religião está crescendo, especialmente entre os brancos.
Essa
é a primeira vez que o Fórum Pew sobre Religião & Vida Pública
registrou com segurança que o número de protestantes caiu para baixo de
50 por cento.
Essa queda já era há muito tempo esperada e chega
numa época em que o Supremo Tribunal dos EUA não tem nenhum juiz
protestante, e quando o Partido Republicano, cujos líderes são
historicamente protestantes, tem um candidato a presidente e
vice-presidente que não são protestantes.
Entre os motivos para a
mudança está que as grandes denominações protestantes tradicionais,
abraçadas a um liberalismo agressivo que tem produzido pastores
presbiterianos, luteranos e anglicanos gays, tem afastado membros mais
conservadores, que buscam alternativas, inclusive nas igrejas
não-denominacionais, que são majoritariamente carismáticas e
neopentecostais.
As igrejas mais carismáticas são mais
conservadoras, mais fechadas à ordenação de pastores gays e mais abertas
ao Espírito Santo e seus dons, enquanto as grandes denominações
protestantes tradicionais dos EUA são geralmente o exato oposto: são
mais progressistas, mais abertas à ordenação de pastores gays e mais
fechadas ao Espírito Santo e seus dons.
Mas nem todos estão
optando pelas igrejas não-denominacionais.
Um grande número de membros
simplesmente abandona as igrejas protestantes tradicionais e fica sem
religião.
O número desses americanos que não quer nenhuma religião está
agora em 20 por cento.
De acordo com reportagem recente da revista
Veja, “43% dos evangélicos no final da adolescência e jovens adultos
deixaram a igreja tradicional [presbiteriana, luterana, batista, etc.]
para seguirem crenças mais liberais.”
A grande preocupação é que,
com o crescimento explosivo do liberalismo nas igrejas protestantes e a
perda constante de seus membros, o protestantismo nos EUA está seguindo o
caminho da Europa, onde as igrejas da Reforma estão lutando para não
morrer.
Essa tendência tem implicações políticas, inclusive para o futuro dos EUA.
Os
eleitores americanos que se descrevem como não tendo religião votam
esmagadoramente em políticos esquerdistas, que já contavam com um apoio
considerável dos eleitores protestantes progressistas.
O Pew
revelou que os americanos que não têm religião apoiam o aborto e o
“casamento” gay numa taxa muito mais elevada do que os protestantes
progressistas.
Os evangélicos progressistas sempre foram um
importante eleitorado do Partido Democrático, de linha agressivamente
esquerdista.
Mas agora os americanos sem religião demonstram ser
eleitores mais sólidos para esse partido.
O presidente Barack
Obama, que é do Partido Democrático, é um evangélico progressista e
grande promotor do islamismo e homossexualismo.
Os evangélicos
conservadores, compostos em grande parte por carismáticos, pentecostais e
neopentecostais, preferem o Partido Republicano, que tem metas
políticas relativamente menos progressivas, mas está cada vez menos
conservador e está sob menos influência evangélica.
Pela primeira
vez na história do Partido Republicano, o candidato a presidente, Mitt
Romney, é um homem pertencente ao mormonismo, uma seita não cristã.
O
eleitor cristão conservador se depara com um dilema cruel na escolha
dos candidatos na disputa presidencial de 2012: um mórmon de intenções
duvidosas ou um evangélico progressista que não deixa dúvida alguma com
relação à sua intenção já muito bem conhecida de impor a agenda gay no
mundo inteiro, com a poderosa máquina do governo americano.
Romney
pode ser menos agressivo, mas seu histórico político é também
progressista.
O primeiro estado americano a legalizar o “casamento” gay
foi Massachusetts, sob o governo de Romney.
Assim, a disputa de 2012 é
entre um mórmon progressista com um evangélico doidamente progressista.
O
avanço conservador moral decisivo hoje na sociedade e política
americana vem sendo feito majoritariamente por carismáticos e
neopentecostais, mas eles não têm ainda os números e poder social e
político que as igrejas protestantes tradicionais tinham até
recentemente.
Pelo contrário, o conservadorismo carismático enfrenta
resistências da esquerda americana, seja de igrejas históricas que
adotaram o liberalismo ou da própria mídia pró-aborto e pró-“casamento”
gay.
“Os líderes carismáticos que dão um passo para dentro das
disputas políticas são normalmente atacados pela esquerda e pelos
grandes meios de comunicação no momento em que eles são percebidos como
eficazes ou influentes”, o Dr. John Stemberger disse num artigo da
revista Charisma.
“A esquerda tem transformado numa forma de arte
virtual a demonização de qualquer líder [cristão carismático] famoso que
assuma uma postura a favor dos valores cristãos”.
O que está
acontecendo nos EUA, onde as grandes igrejas protestantes estão se
inclinando pesadamente para a esquerda, não é diferente do que está
acontecendo no Brasil, onde a igreja cristã predominante, a Igreja
Católica, tem majoritariamente seguido a marxista Teologia da Libertação
e cuja CNBB teve papel fundamental na fundação do PT.
A
contaminação progressista tem feito nas igrejas protestantes históricas
dos EUA o que tem feito na Igreja Católica sob domínio da CNBB no
Brasil: o enfraquecimento do conservadorismo que defende a família
natural contra o totalitarismo esquerdista.
O que poderia salvar
os evangélicos dos EUA de um destino catastrófico é uma volta, entre as
grandes denominações protestantes, ao exemplo de Anthony Comstock, um
evangélico americano do século XIX considerado campeão na luta contra a
pornografia, a contracepção e o aborto.
Com informações do DailyMail e Associated Press.
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