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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A Ordem dos Assassinos Islâmicos.


A Ordem de Assassinos foi uma seita fundada no século XI por Hassan ibn Sabbah, conhecido como o velho da montanha. 

Seu fundador criou a seita com o objetivo de difundir uma nova corrente do ismaelismo, que ele mesmo havia criado. 

Sua sede era uma fortaleza situada na região de Alamut, no Irã.

A fama do grupo se alastrou até o mundo cristão, que ficou surpreso com a fidelidade de seus membros, mais até que com sua ferocidade. 

Seu líder possuía cerca de 60 mil seguidores, segundo alguns relatos da época especulavam. 

Para Bernard Lewis, autor de Os Assassinos, haveria um evidente paralelo entre essa seita e o comportamento extremista islâmico, assim como o ataque suicida como demonstração de fé.

O ismaelismo é uma das correntes do esoterismo islâmico, que se enquadra no Islã Xiita.

Etimologia.

O termo viria de “Assass” – ou seja, “os fundamentos” da fé islâmica. 

Mas muitas são as versões sobre essa nomenclatura, como nome da seita teria dado origem às palavras “assassino” e outras semelhantes em várias línguas europeias. 

Desde Marco Polo que se acredita que o termo provém de “haxixe” ou que o nome da erva haxixe tem origem no ato de “haschichiyun”, que significa “fumador de haxixe”. 

Algumas fontes cristãs medievais relatam que os Assassinos teriam por hábito consumir esta substância antes de perpetrarem os seus ataques, induzindo-lhes a visão do Paraíso.

No entanto, Amin Malouf afirma que “A verdade é diferente. 

De acordo com textos que chegaram até nós a partir de Alamut , Hassan-i Sabbah gostava de chamar seus discípulos de Asasiyun, ou seja, pessoas que são fiéis à Asas, que significa “fundação” da fé. 

Esta é a palavra, mal compreendida pelos viajantes estrangeiros, que parecia semelhante ao ‘haxixe’ “.

O método dos Assassinos.

Apesar de andarem uniformizados na fortaleza de Alamut com trajes brancos e um cordão vermelho em volta da cintura, quando recebiam uma missão, camuflavam-se. 

Preferiam se misturar aos mendigos das cidades da Síria, da Mesopotâmia, do Egito e da Palestina para não despertarem a atenção. 

Em meio à multidão urbana, eles levavam uma vida comum para não atrair suspeitas, até que um emissário lhes trazia a ordem para atacar. 

Geralmente, eles aproximavam-se da sua vítima em número de três. 

Se por acaso dois punhais ou lâminas ocultas nas mangas fracassassem, haveria ainda um terceiro a completar o serviço. 

Atuavam em qualquer lugar – nos mercados, nas ruas estreitas, dentro dos palácios e até mesmo no silêncio das mesquitas, lugar por eles escolhido em razão das vítimas estarem ali entregues à oração e com a guarda relaxada. 

Até o grande sultão Saladino, seu inimigo de morte, eles chegaram a assustar, deixando um punhal com um bilhete ameaçador em cima da sua alcova.

Origens.

Os Assassinos resultaram de uma disputa sucessória no Califado Fatímida, uma dinastia xiita que governou o Norte de África e o Egito nos séculos X e XI. 

Após a morte do califa fatímida al-Mustansir em 1094, Hassan ibn Sabbah recusou-se a reconhecer o novo califa, al-Musta’li, decidindo apoiar o irmão mais velho deste, Nizar.

Em 1090, Hassan e os seus partidários já tinham capturado a fortaleza de Alamut, situada perto da actual cidade iraniana de Teerã. 

Esta fortaleza serviu como centro de operações, a partir da qual Hassan comandava a realização de ataques nos territórios que são hoje o Iraque e o Irã.

A partir do século XII, os Assassinos começam a atacar a Síria, tendo tomado vários castelos situados nas montanhas de An-Nusayriyah. 

Um desses castelos foi Masyaf, a partir do qual Rashid ad-Din as-Sinan governou de forma praticamente independente em relação a Alamut.

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