Depois da publicação da lista dos pastores mais ricos do Brasil, encabeçada pelo líder da Igreja Universal, Edir Macedo, pela Forbes, os americanos estão divulgando uma petição para exigir uma investigação sobre o líder brasileiro.
- (Foto: Divulgação/TV Record)
“Exigimos que o governo dos EUA lance uma investigação sobre o fundador Edir Macedo da Igreja Universal do Reino de Deus”, lê-se na petição enviada na página da Casa Branca dos Estados Unidos.
Veja também: Pastores mais ricos do Brasil incluem Edir Macedo, Valdemiro Santiago, Silas Malafaia.
O
texto da petição aponta que a religião nos ramos evangélicos tem sido
um “comércio lucrativo” nos Estados Unidos, apontando outros
evangelistas como Joel Osteen, Pat Robertson, Creflo Dollar, entre
outros, como promovedores desse comércio.
A petição ressalta,
entretanto, que ela é focada no brasileiro Edir Macedo, que possui
também igrejas nos Estados Unidos.
“A petição é focada no ‘bispo’
Edir Macedo, o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus.
Macedo tem
igrejas no Brasil e nos Estados Unidos. Relatórios em meio à
controvérsia apontam que Macedo é o pastor evangélico mais rico no
Brasil e seu patrimônio financeiro é próximo a bilhões de dólares.
O
pastor Macedo está frequentemente envolvido em escândalos supostamente
lavando dinheiro especificamente baseado para a caridade”, diz o texto.
O
texto também se refere às diversas controvérsias em que Edir Macedo
esteve envolvido desde a criação da igreja.
Ele foi preso em 1992 por 15
dias sob a acusação de charlatanismo, curandeirismo e envolvimento com
tráfico de drogas.
Desde
essa época, a Igreja Universal do Reino de Deus foi constantemente alvo
de investigações sobre desvio de dinheiro, importação ilegal, sonegação
fiscal e até discriminação religiosa.
Entretanto, Edir Macedo
negou a informação da Forbes, que afirmou que o patrimônio financeiro do
líder é de US$ 950 milhões (cerca de 1.9 bilhões de Reais), através de
uma nota oficial em nome da Igreja Universal e publicadfa pelo seu próprio veiculo de comunicação, a R7.
A
nota afirma que a Record é o único bem do qual o Bispo Macedo é
proprietário e do qual ele não recebe salários e nem retirada de lucros.
Segundo o texto da nota, Macedo vive do seu próprio trabalho como
pastor evangélico.
Além disso, a igreja acusa a publicação de
utilizar um “apanhado de velhas mentiras publicadas na Imprensa e
repetidas por aqueles que fazem do PRECONCEITO contra a fé o motor de
sua cobiça sem fim pelo poder, sempre tentando manipular a opinião
pública.”
“Esclarecemos ainda que a Igreja Universal não foi
sequer procurada pelo autor da reportagem para confirmar se as
informações eram corretas, o que demonstra o desprezo que o jornalista
teve pela verdade”, declarou a IURD.
Como
consequência da reportagem da Forbes, outro pastor também listado no
artigo afirmou que vai processar a publicação pela informação
supostamente enganosa.
O pastor Silas Malafaia, apontado como
terceiro pastor mais rico do Brasil, com cerca de R$300 milhões, afirmou
ter um patrimônio financeiro de menos que a metade, de R$ 45 milhões.
O
pastor Silas Malafaia, bem como outros líderes evangélicos, como o Dr.
Uziel da Associação Brasileira dos Juristas Evangélicos (ANAJURE) alegam
que a publicação fez uma afronta ao Ministério Público do Brasil, a
União e a Polícia Federal, dizendo que obteve dados das mesmas.
“Dizer
que a informação da minha renda foi dada pelo Ministério Público do
Brasil e pela Polícia Federal é uma afronta a essas instituições sérias,
porque eles não tem autoridade legal para fornecer nenhum tipo de
informação como esta", afirmou Silas Malafaia, em declarações
anteriores.
“Independentemente do mérito da questão, é grave o
fato de que possivelmente houve violação de dados protegidos por sigilo
bancário e fiscal.
Isso é tão violento, quanto fazer mercancia da fé,
enganando os que têm menor discernimento da realidade.
Certamente, dois
abusos a serem coibidos, inclusive penalmente.
Certamente, dois ilícitos
que mitigam princípios basilares do Estado Democrático de Direito.
Com a
palavra, a Polícia Federal e o Ministério Público”, disse o Dr. Uziel,
em um comunicado compartilhado, em 18 de
janeiro.
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