“Qualquer,
pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim
ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele,
porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus”.
(Mt 5.19)
A pergunta que surge diante do texto exposto é “como pode alguém ser grande ou pequeno no reino dos Céus?”
A pergunta que surge diante do texto exposto é “como pode alguém ser grande ou pequeno no reino dos Céus?”
É essa
pergunta que tentaremos responder nesse breve escopo.
A quais Mandamentos o texto se refere?
A quais Mandamentos o texto se refere?
Pelo
contexto do capítulo 5 vemos que Jesus está se referindo aos
mandamentos da Lei.
É preciso salientar que o contexto mostra que essa
Lei não é uma referência aos Dez Mandamentos como querem os Adventistas e
judaizantes cristãos.
Jesus não citou apenas os mandamentos do
decálogo.
Antes, referiu-se a somente três deles.
A saber: versículos
21, 27 e 33.
Os demais mandamentos não fazem parte do decálogo.
No
versículo 38, Jesus trata da questão do “olho por olho”, assunto que se
encontra também em Levítico 24.20.
No versículo 43, Cristo fala a
respeito do “amor ao próximo”, o que também pode ser constatado em
Levítico 19.18.
Ao abordar sobre a Lei, Jesus referia-se aos cinco
livros de Moisés, ou seja, o Pentateuco (Mt 7.12; 11.13; 22.40; Lc
16.16, 29,31).
Nessa abordagem, o que percebemos nas conjecturas
de Jesus, é que os aspectos cerimoniais e tipológicos da Lei foram
claramente abolidos quando Jesus, nosso cordeiro pascal (I Co 5.7),
cumpriu os tipos e predições dessa Lei quanto à sua primeira vinda (cf.
Hb 7-10).
Nesse sentido, Jesus claramente aboliu os aspectos cerimoniais
e tipológicos da Lei, não destruindo-a, mas cumprindo-a. Jesus
tornou-se o fim da mesma (Rm 10.4, II Co 3.14) – Logo, a Lei com seus
ritos já passou e uma nova Lei (Apesar de não ser nova) estabeleceu-se.
Essa Lei é extraída do princípio moral contido nos mandamentos do VT,
ela se expressa num contexto diferente, a saber, num contexto que não é
teocrático judaico, mas pessoal e universal.
A Nova Aliança tem uma
cosmovisão de Lei que lhe é peculiar e próprio a qual podemos
classificar de – LEI DE CRISTO OU A LEI DO ESPÍRITO (Rm. 8.2; ICo 9.21;
Gl 6.2; Rm 3.27).
É por essa Lei e no cumprimento desses Mandamentos que
nós vivemos e exercemos a graça de sermos verdadeiros Cristãos.
Os
cristãos hoje não mais se acham debaixo dos “10 Mandamentos” ou “613
Mandamentos” da Torá, mas debaixo da Lei de Cristo e por ela vivem.
O Reino dos Céus.
O Reino dos Céus.
O Dr. J. Davis diz o seguinte sobre o Reino dos Céus:
“O reino dos céus vem a ser a ‘Igreja invisível’ – É a república dos filhos de Deus” (Cf. Mt 13.24, 31, 33, 44, 45; Mc 4.11, 26, 30; Lc 14.15; 17.20). ¹
Grande e pequeno no Reino.
Grande e pequeno no Reino.
Os
que interpretam erroneamente e assim ensinam, levam outros inocentes a
errar por seus ensinos desprovidos de conteúdo claro e fidedigno –
assim, apesar de servos de Cristo, pessoas estariam no Reino, mas sem
desfrutar de todos os benefícios do amor de Deus devido a um ensino
equivocado da Graça de Cristo.
Quem não aprende e entende corretamente o
ensino da Graça, torna-se um cristão sem riqueza de conteúdo, vivem
secos e sem vida.
No Reino de Cristo, homens como aqueles antigos
mestres do judaísmo – que eram radicais no ensino da legalidade – teriam
pouca importância, em contraste com a posição antes ocupada – os
adoradores não seriam presos ao Templo e nem às legalidades sacerdotais
(Jo 4.23,24, Hb 7.12).
O cristão tem a obrigação de compartilhar
corretamente a sua fé e explicitar com amor e mansidão a todos que lhe
pedirem o motivo da sua esperança (I Pe 3.15).
É assim que um crente em
Jesus torna-se grande no Reino.
O apóstolo Paulo parece ensinar a mesma coisa em I Co 3.13-15:
“…
manifesta se tornará a obra de cada um… se permanecer a obra de alguém…
receberá galardão… se queimar, sofrerá o dano… será salvo, todavia,
como que através do fogo”.
A medida da nossa fidelidade a Deus,
aqui, determinará a medida da nossa recompensa no céu.
O serviço e
ensino bem feito, segundo o beneplácito de Deus, merecem galardão dado
pelo Pai eterno
– “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e
constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso
trabalho não é vão no Senhor” (I Co 15.58).
Bibliografia:
Bibliografia:
01) – Dicionário Bíblico, J. Davis, Ed. Juerp, 15º Edição;
02) – O Novo Testamento Interpretado, Champlin, Ed. Hagnos;
03) – Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, Geisler & Howe, Ed. Mundo Cristão.
04) – Bíblia Pentecostal, Ed. CPAD
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