Steven Holzman conseguiu se recuperar após várias semanas de internação hospitalar |
Um homem britânico quase morreu após um
pé-de-atleta evoluir para uma infecção com uma superbactéria
“carnívora”.
Mais de dois meses após a doença, que ameaçou necrosar sua
perna, e várias semanas de internação hospitalar, Steven Holzman
conseguiu livrar-se da bactéria, mas ainda tem de andar com a ajuda de
muletas e não pode trabalhar.
Holzman inicialmente tratou o
pé-de-atleta com um creme comprado sem receita numa farmácia.
Mas no dia
seguinte, com o pé inchado, ele teve de ser internado às pressas em um
hospital local, onde passou por três operações em quatro dias.
Tecidos apodrecidos.
Os médicos descobriram que ele havia
desenvolvido uma doença conhecida como “fasceíte necrosante”, uma
infecção extremamente grave, que necrosou parte de seus tecidos do pé
até o quadril.
Segundo médico que tratou Holzman, infecção pode matar se não for diagnosticada e tratada a tempo |
Eles acreditam que Holzman tenha
contraído a rara infecção bacteriana por meio de um pequeno corte em
seus dedos enquanto trabalhava como pedreiro, quando mantinha pés sempre
úmidos.
Holzman conta que quando as gazes foram
retiradas após a primeira operação, havia “um buraco no topo do
pé”.
”Fiquei absolutamente aterrorizado.
Não sabia quando aquilo ia
parar, ou se ia parar alguma hora”, diz.
A infecção continuou crescendo até chegar ao osso do quadril.
“Fui para a minha última operação
sabendo que eu podia voltar da sala de cirurgia só com uma perna, em vez
de duas”, conta Holzman.
”Tenho muita sorte de ter sobrevivido, mas
tenho ainda mais sorte de ainda ter minha perna”, diz.
Segundo o cirurgião Anthony Armstrong,
que tratou de Holzman no Hospital de Wexham Park, no condado de Surrey, a
infecção contraída por ele era conhecida no passado como “pé de
trincheira”, comum em soldados da Primeira Guerra Mundial submetidos a
longa exposição a condições úmidas, frias e insalúbres.
“Mesmo nos dias de hoje, com a medicina
moderna e os cuidados e as técnicas cirúrgicas modernas, os pacientes
ainda podem morrer desse problema se ele não for diagnosticado e tratado
efetivamente e rapidamente”, afirma.
Fonte: BBC Brasil
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