Duas grandes explosões deixaram 55 mortos e 372 feridos, em Damasco, capital da Síria, nesta quinta-feira, 10.
As informações são da mídia estatal.
- (Foto: Reuters)
O
ataque foi o pior desde o início da revolta contra o presidente Bashar
al Assad, há 14 meses.
Com esses ataques, a trégua declarada pelo
mediador internacional Kofi Annan no dia 12 de abril fica ainda mais
enfraquecida.
Já as potências ocidentais insistem em dizer que este permanece vigente.
Em
comunicado, Annan condenou as explosões, que chamou de "abomináveis” e
exortou todos os envolvidos a acabarem com a violência e protegerem os
civis.
"O povo sírio já sofreu demais", afirmou.
Na TV síria,
terroristas foram culpados pelos ataques desta manhã.
As explosões
aconteceram em um horário de grande movimento na região.
Além da grande
quantidade de mortos e feridos, carros ficaram destruídos em uma
autoestrada e prédios oficiais foram bastante danificados.
Imagens
das emissoras locais mostraram os carros retorcidos e queimados, alguns
com corpos humanos carbonizados.
Corpos ensanguentados e partes de
corpos também ficaram expostos na estrada.
Os prédios atingidos são
utilizados pelo comando da repressão do governo aos protestos.
Os
ataques aconteceram um dia depois de uma bomba ter explodido próximo
aos observadores da ONU que monitoram o cessar-fogo, que as duas partes
são acusadas de desrespeitar.
“Esse é mais um exemplo do
sofrimento causado ao povo sírio pelos atos de violência", disse o chefe
da missão de monitores da ONU, general Robert Mood, em visita ao local
dos atentados.
"Temos visto isso
aqui em Damasco e também em outras cidades e vilarejos em todo o país...
Peço a todos, dentro e fora da Síria, que ajudem a acabar com a
violência", completou.
Segundo a ONU, 9 mil pessoas foram mortas
por forças de segurança sírias desde o início dos protestos contra
Assad.
Já o governo sírio afirma que os insurgentes foram responsáveis
pela morte de 2,6 mil policiais e agentes de segurança.
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