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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Ataques suicidas em Damasco deixam 55 mortos e 372 feridos.

Duas grandes explosões deixaram 55 mortos e 372 feridos, em Damasco, capital da Síria, nesta quinta-feira, 10. 

As informações são da mídia estatal.
  • Atentado
    (Foto: Reuters)
    Duas grandes explosões deixaram 55 mortos e 372 feridos, em Damasco
O ataque foi o pior desde o início da revolta contra o presidente Bashar al Assad, há 14 meses. 

Com esses ataques, a trégua declarada pelo mediador internacional Kofi Annan no dia 12 de abril fica ainda mais enfraquecida.

Líderes da oposição dizem que o plano de paz de Annan está morto.

Já as potências ocidentais insistem em dizer que este permanece vigente.

Em comunicado, Annan condenou as explosões, que chamou de "abomináveis” e exortou todos os envolvidos a acabarem com a violência e protegerem os civis. 

"O povo sírio já sofreu demais", afirmou.

Na TV síria, terroristas foram culpados pelos ataques desta manhã. 

As explosões aconteceram em um horário de grande movimento na região. 

Além da grande quantidade de mortos e feridos, carros ficaram destruídos em uma autoestrada e prédios oficiais foram bastante danificados.

Imagens das emissoras locais mostraram os carros retorcidos e queimados, alguns com corpos humanos carbonizados. 

Corpos ensanguentados e partes de corpos também ficaram expostos na estrada. 

Os prédios atingidos são utilizados pelo comando da repressão do governo aos protestos.

Os ataques aconteceram um dia depois de uma bomba ter explodido próximo aos observadores da ONU que monitoram o cessar-fogo, que as duas partes são acusadas de desrespeitar.

“Esse é mais um exemplo do sofrimento causado ao povo sírio pelos atos de violência", disse o chefe da missão de monitores da ONU, general Robert Mood, em visita ao local dos atentados.

"Temos visto isso aqui em Damasco e também em outras cidades e vilarejos em todo o país... 

Peço a todos, dentro e fora da Síria, que ajudem a acabar com a violência", completou.

Segundo a ONU, 9 mil pessoas foram mortas por forças de segurança sírias desde o início dos protestos contra Assad. 

Já o governo sírio afirma que os insurgentes foram responsáveis pela morte de 2,6 mil policiais e agentes de segurança.

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