( Foto Divulgação ) |
Na
manhã desta quinta-feira (18), foi hasteada, pela primeira vez na
história da cidade de Maringá, no Paraná, uma bandeira que representa o
movimento LGBT.
Originalmente, seria hasteada em frente à Reitoria da Universidade
Estadual de Maringá (UEM), mas Sônia Letícia, Procuradora Jurídica da
universidade, não permitiu.
Mesmo assim para o movimento gay na cidade
esta é uma vitória.
O evento que acabou ocorrendo no parque da cidade
serviu para lembrar o dia internacional do combate a homofobia.
Já o presidente da Ordem dos Pastores de Maringá, Paulo Klingelfus
pediu em seu perfil no Facebook para que os cristãos da cidade fizessem
“uma guerra” contra a Parada LGBT de Maringá, programada para o próximo
domingo (20).
Ele usou o versículo da Bíblia de Efésios 6:12, “Nossa luta não é
contra carne nem sangue mas contra principados”.
Também comentou “O
versículo nos chama para uma guerra, não contra aos homossexuais, mas
contra tudo o que está por traz deste movimento.
Nós cristãos amamos os
homossexuais, mas não podemos nos calar diante do pecado, a guerra está
travada”.
O resultado de sua convocação poderá ser visto hoje, quando as
igrejas de Maringá e região estarão promovendo a Marcha Para Jesus.
O
pastor enfatizou: “no dia seguinte o movimento gay estará realizando
também em Maringá a sua passeata, o que para muitos possa até parecer
normal, nos mostra o verdadeiro propósito, pois estão mobilizando
caravanas de várias cidades do Brasil para que venham participar”.
Mas a repercussão foi bastante negativa na imprensa local e
rapidamente reascendeu o debate sobre os evangélicos serem homofóbicos.
Luiz Modesto, um dos líderes da Parada Gay da cidade rebateu:
“Os
LGBT de Maringá não estão em guerra contra nenhuma igreja ou crença, só
estão buscando a garantia dos direitos civis da população de lésbicas,
gays, bissexuais, travestis e transexuais.
A Constituição Federal já diz
que somos todos iguais perante a lei, só estamos relembrando as
autoridades desse artigo”.
Modesto enfatizou que a data da Parada LGBT de Maringá foi definida
um mês antes da Marcha Para Jesus e que a data 20 de maio, marca o
final da Semana Maringaense de Combate à Homofobia, prevista desde 2010
pela mesma lei que criou o Dia Municipal de Combate à Homofobia.
Esse não é o primeiro embate entre os gays e os cristãos na cidade.
Quando decidiram usar a imagem da catedral local no pôster de
divulgação, os organizadores atraíram críticas dos líderes católicos de
Maringá.
Com informações TN Online
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