Líder católico acredita que preço pelos “direitos iguais” pode ser muito caro
Cardeal afirma que intolerância acabará com o cristianismo |
O cardeal Cormac Murphy-O’Connor fez um ataque
crítico aos ateus e sua atitude em relação às pessoas de fé, advertindo:
“Em nome da tolerância, parece-me que a tolerância acabará sendo
abolida”.
Em um discurso na Catedral Anglicana de Leicester, ele falou sobre o
“profundo desconforto” que assola a sociedade ocidental.
O cardeal
continua pregando mesmo depois de ter se aposentado como arcebispo de
Westminster, e liderado a Igreja Católica na Inglaterra e no País de
Gales por vários anos.
Cormac disse que os valores seculares estão por trás da violência
presente em estados totalitários e alguns dos conflitos do século 20 que
mataram milhões de pessoas.
“Hoje, o maior perigo da Grã-Bretanha é o que a chamada ‘razão
ocidental’ afirma que somente ela pode reconhecer o que é certo e,
portanto, reivindica um totalitarismo que é inimigo da liberdade”,
enfatizou.
“Ninguém é obrigado a ser cristão.
Mas ninguém deve ser
forçado a viver de acordo com essa nova religião secular, como se ela
fosse única, definitiva e obrigatória para toda a humanidade”.
Sua maior
preocupação é que a intolerância acabe com o cristianismo.
Em suas considerações, ressaltou que toda vez que um cristão se
posiciona contra algo, baseado em suas convicções de fé, acaba sendo
considerado “intolerante”.
Por outro lado, esses mesmo críticos não usam
de tolerância para com os cristãos e tentam calá-los a todo custo.
Cormac Murphy-O’Connor continua sendo o Cardeal mais velho das Ilhas
Britânicas e, juntamente com o cardeal Keith O’Brien, da Escócia,
participa do grupo seleto que escolherá o próximo Papa.
Em uma palestra onde abordou vários temas, ele também discutiu a
importância da unidade familiar, da liberdade religiosa e questões como o
suicídio assistido.
Ele acrescentou:
“A propaganda do secularismo e dos seus ‘sacerdotes’
deseja nos fazer crer que a religião é perigosa para nossa saúde…
Eles
convenientemente esqueceram que a laicidade em si não garante liberdade,
racionalidade… ou violência.
Na verdade, no século passado, as maiores
violências foram perpetradas pelos Estados seculares sobre seu próprio
povo”.
Ele também disse que toda a sociedade era culpada de “violência
sanção” contra os idosos, vendo-os como um fardo dispendioso.
Essa
“perda de reverência” pela humanidade fez com que algumas das pessoas
mais vulneráveis da sociedade sejam agora rotineiramente vistas como
um “problema” ou “ameaça”.
Traduzido e adaptado de Telegraph
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