Na semana passada a Polícia Federal conseguiu prender 37 pessoas em
Roraima que estariam ligadas à chamada “máfia ambiental”, essa operação
foi chamada de Salmo 96:12.
O nome tem um motivo, já que esse versículo do Salmo diz:
“Regozijem-se os campos e tudo o que neles há! Cantem de alegria todas
as árvores da floresta”.
Mais de 250 policiais federais dos estados do Acre, Rondônia,
Brasília, Roraima e Pará se envolveram nessa mega operação para coibir o
desmatamento ilegal.
O que motivou esses estudos foi um estudo da
Agência Brasil que revelou que o desmatamento aumentou 363% em Roraima.
“A partir daí começamos a investigar as causas, resultando na
identificação de uma rede de fraudes e corrupção que tenta dar aparência
de legalidade ao desmatamento.
Havia uma quadrilha que se apoderou dos
órgãos ambientais em Roraima para fazer grilagem de terra e nós unimos
forças para preservar a floresta amazônica”, disse o superintendente da
Polícia Federal em Roraima Alexandre Silva Saraiva.
Os prejuízos desse desmatamento são gigantescos, Saraiva afirmou que
só em madeira o Brasil perde mais de R$400 milhões.
“Esse número não
contém o valor das terras griladas nem os custos indiretos como, por
exemplo, a destruição de espécies animais e vegetais inteiras, até mesmo
ainda não descobertas.
O prejuízo total é incalculável”, disse.
A PF realizou uma coletiva de imprensa para explicar como funcionava
essa suposta rede de fraudes que começava com a obtenção fraudulenta de
documentos junto ao INCRA e terminava com a venda de informações sobre
as operações de fiscalização do IBAMA.
As investigações da Polícia Federal mostraram esquemas de grilagem e
até mesmo apontaram para uma rede de corrupção dentro do próprio IBAMA
(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) e
outros crimes que beneficiavam o sistema ilegal de desmatamento nas
zonas protegidas da Amazônia.
Com informações Folha de Boa Vista
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