Movimento local denominado de "indignados", em Tel Aviv |
Em menos de dez dias, Israel já conta
com sete casos de autoimolações no país.
Ativistas sociais dizem que as
desigualdades e a vulnerabilidade econômica são as causas por trás das
investidas suicidas.
As últimas tentativas de imolação
aconteceram neste domingo (22), quando a polícia e agentes de segurança
impediram que duas pessoas colocassem fogo em seus corpos.
Protestos são organizados via redes sociais |
Na noite de domingo, um senhor de 60
anos se encharcou com líquidos inflamáveis perto da estação policial de
Ofakin (no sul de Israel).
Alguns agentes perceberam sua intenção e
impediram que ele se incendiasse.
Ele foi levado ao hospital para uma
avaliação psicológica e entregue, nesta manhã de segunda-feira (23), a
autoridades locais.
Horas mais tarde, outro homem de 47 anos
tentou se imolar com o mesmo método em Netivot, também no sul do país,
segundo o jornal “Yediot Aharonot”.
Ele foi entregue à polícia.
No sábado (2), um veterano do Exército
foi hospitalizado em Tel Aviv em situação grave, depois de ele pôr fogo
ao próprio corpo em um ponto de ônibus de Yejud.
Protestos.
Manifestantes tentam apagar o fogo do corpo de Moshe Silman, que se imolou em um protesto |
O primeiro caso da série foi registrado
no dia 14 de julho, no protesto pelo primeiro aniversário do movimento
local de indignados, em Tel Aviv.
Há um ano, mais de 10 mil pessoas
saíram às ruas de Israel contra o alto custo de vida e a escassez de
empregos e moradia.
Nessa ocasião, Moshe Silman, 57, que era
empresário e estava desempregado, se imolou provocando queimaduras de
segundo e terceiro grau em 95% de seu corpo.
Morador de Haifa, Silman estava à beira
da indigência.
“O Estado de Israel me roubou.
E me deixou desamparado”,
escreveu Silman em uma carta que deixou no local da imolação.
Ele foi socorrido, mas morreu em decorrência das queimaduras na última sexta-feira (20).
Fonte: EFE
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