Acusações de blogueiro foram reproduzidas por vários veículos de imprensa.
Ativista católico afirma que papa renunciou por ser gay |
Um conhecido ativista gay católico causou furor ao afirmar que o papa Bento 16 pode ter renunciado por ser gay.
O motivo da especulação é o anúncio de que Bento XVI continuará
vivendo no Vaticano com seu secretário de confiança, Dom Georg
Gaenswein.
O ativista e blogueiro Andrew Sullivan escreveu um post
intitulado “Dois Papas, um secretário”, onde especula que Ratzinger, 85,
pode ter uma relação “estranha” com Gaenswein, de 56.
Apelidado de “Georg lindo” pela imprensa italiana, o secretário
recentemente foi destaque na capa da Vogue italiana e a revista Vanity
Fair, publicou uma matéria sobre ele com o “Padre Georg – Não é pecado
ser bonito”.
Para Sullivan, “parece bastante óbvio” que “o atual papa é gay”,
ainda que um que não tem “explorado a sua sexualidade, ou violado suas
próprias críticas sobre o assunto.”
O ativista pelos direitos LGBTS
dentro da Igreja Católica cita ainda parte do material presente no livro
“The Pope Is Not Gay” [O Papa não é gay], escrito por Angelo
Quattrocchi, em 2010, que já rebatia esse tipo de insinuação.
Usando trechos de entrevistas antigas de Gänswein, o blogueiro faz
várias afirmações fortes, ligando a renúncia do papa a este “segredo” do
Vaticano.
Aparentemente, o secretário passa mais de 12 horas por dia ao
lado do papa e confessa que seu coração ainda “bate mais forte” quando
vê o pontífice.
Sullivan ainda questiona porque Bento 16 embora se
pronuncie contra o casamento gay não tomou as medidas prometidas para
punir os sacerdotes envolvidos em escândalos de pedofilia.
O material de Sullivan foi reproduzido em diferentes sites da
internet e jornais de grande circulação, incluindo o Huffington Post,
considerado o blog mais influente do mundo.
Seu argumento mais forte é a
matéria do influente jornal italiano La Repubblica, que liga a renúncia
do papa a um documento incriminador que fala da força de um "lobby gay" junto ao Vaticano.
Também denunciou uma “rede subterrânea gay que organiza encontros
sexuais de sacerdotes católicos em vários pontos de Roma e da Cidade do
Vaticano”.
As acusações foram publicamente negadas pelo Vaticano, mas a história
mostra que esse tipo de acusação contra os papas não é nova.
Segundo
alguns livros sobre a vida dos papas, Paulo II (1464-1471), Sisto
IV (1471-1484), Leão X (1513-1521) e Júlio III (1550-1555) também
viveram sob esse tipo de suspeita.
Com informações de Huffington Post e Andrew Sullivan.
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