Com
a renúncia do papa Bento XVI e sua saída do cargo, marcada para o dia
28, ocorrerá a chamada Sé Vacante – um período entre o falecimento ou
renúncia de um pontífice e a escolha do sucessor.
Durante o tempo de
vacância da Sé, o governo da Igreja fica em mãos do Colégio
Cardinalício.
Segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico
Lombardi, é muito provável que o conclave escolha o novo papa ainda no
mês de março, antes da Páscoa, que será no dia 31 daquele mês.
Quanto
a Joseph Ratzinger, ele deverá de início ficar na residência papal de
verão de Castelgandolfo durante o conclave que escolherá seu sucessor;
depois, voltará ao Vaticano, passando a residir no mosteiro Mater
Ecclesiae, segundo informações da agência EFE.
O mosteiro é um prédio
construído en 1992 nos jardins do Vaticano por ordem do papa João Paulo
II, no local onde era um antigo mosteiro de freiras.
“Bento
XVI terá plenos poderes até as 20 horas, horário de Roma, do dia 28 de
fevereiro”, especificou o porta-voz Lombardi.
De acordo com o comunicado
da renúncia, Joseph Ratzinger pretende continuar servindo à Igreja por
meio de uma vida dedicada à oração.
Sucessão. Se
não mantiver contato com os demais cardeais antes do conclave, o papa
renunciante exerceria influência indireta na sucessão, avalia o
jornalista espanhol Juan Arias.
Mas Arias considera a hipótese de
Ratzinger passar a receber cardeais, o que mudaria sua influência no
quadro sucessório.
“O pontífice demissionário não participará do
conclave para sua sucessão”, disse Lombardi. “Enfrentamos uma situação
nova.
Não se trata de uma Sé Vacante normal, que se abre quando morre um
papa.”
“A preocupação é não deixar vazio o trono de São Pedro nem
abandonar os fiéis sem guia e orientação”, afirmou monsenhor Luigi
Bettazzi, bispo emérito de Ivrea, ligado ao movimento católico Pax
Christi, que milita pela paz mundial.
Extraído do site do Jornal O Estadão no dia 12/02/2013
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