Já
ficou sobejamente demonstrada a genuinidade dos evangelhos.
Agora se
nos apresenta outra questão: o texto que possuímos hoje é realmente
aquele que saiu da pena dos evangelistas e apóstolos ou foi alterado no
decorrer dos séculos?
Houve interpolações, omissões ou corrupções no
texto?
Um documento pode ter sido genuíno, mas de nada adianta se as
cópias que possuímos não refletem a mesma fidelidade no conteúdo como
foi escrito.
A acusação que alguns críticos geralmente fazem é que
nossas cópias são corrompidas.
Entretanto, o N.T é sem dúvida o
documento mais bem atestado da antiguidade.
Existem mais cópias do Novo
Testamento do que de qualquer outro documento antigo.
São mais de cinco
mil manuscritos em grego e versões antigas em siríaco e outras línguas.
Entre a redação de Sófocles, Ésquilo, Aristófanes e Tucídides e o
primeiro códice que possuímos destes escritos, há um intervalo de 1400
anos; 1600 para Eurípedes e Catulo [...] 1.200 para Demóstenes; e 700
para Terêncio.
As cópias mais antigas existentes hoje do N.T são dos
séculos 2º e 3º d.C.
Todos esses achados tornam o N.T. o texto
antigo mais bem documentado e atestado, quando comparado com outros
escritos da antiguidade clássica.
Podemos confiar no Novo Testamento como um documento histórico?
Vê-se
facilmente que se alguém rejeitar a autenticidade histórica do N.T,
então deverá, por coerência, rejeitar a autenticidade histórica de todos
os demais escritos antigos, pois o N.T. é, de longe, o mais bem
atestado, tanto pelo número de cópias existentes como pela proximidade
em anos da cópia mais antiga em relação ao original.
Nenhum outro
escrito sequer chega perto do N.T. nesses critérios.
As Variantes
Este
é outro ponto ressaltado para diminuir a confiabilidade dos evangelhos.
É que nos evangelhos existe um grande número de variantes.
Será que com
todas estas variantes não ficaria prejudicada a crença de que nossos
textos modernos refletem o mesmo texto do original?
Por terem sido
produzidos em diferentes áreas e sob diferentes circunstancias, e devido
aos erros de ortografia dos copistas, alguns manuscritos contêm
diferenças entre si o que chamamos de variantes textuais.
Bruce Metzger,
uma das maiores autoridades em grego neotestamentário da atualidade,
afirma que as diferenças não afetam substancialmente nenhuma doutrina
cristã.
Norman Geisler e Willian Nix acrescentam:
“O Novo Testamento,
então, não apenas sobreviveu em maior número de manuscritos que qualquer
outro livro da antiguidade, mas sobreviveu em forma mais pura que
qualquer outro grande livro – uma forma 99,5% pura”.
Grasso cita o parecer de algumas autoridades como Amiot e Hort.
Assim se expressou:
“No
conjunto dos manuscritos encontram-se aproximadamente 250.000 variantes
incluindo as citações dos padres antes do IV Século e das antigas
traduções.
A maioria delas é insignificante: referem-se somente à
ortografia e à disposição das palavras segundo Hort, 7/8 do texto estão
fora de discussão.
As variantes que modificam o texto abrange a milésima
parte delê: somente umas 15 variantes têm certa importância; contudo,
nenhuma delas toca a substancia do dogma estabelecido pelas passagens
criticamente certas, sem termos a necessidade de lançar mão de textos
duvidosos”.
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