Polêmica pode trazer prejuízo milionário à empresa administrada "seguindo padrões bíblicos".
Armas de soldados americanos têm mensagens bíblicas |
O
Exército dos Estados Unidos continuam sendo criticados por
disponibilizarem armamentos com versículos bíblicos gravados.
As
inscrições são sutis e aparecem nas miras fabricadas pela empresa
Trijicom.
Uma das maiores fornecedoras do Departamento de Defesa
dos EUA, a Trijicom explica que as referências bíblicas já são gravadas
há anos nas miras.
A empresa foi fundada por um cristão devoto, que
afirma administrá-la “seguindo padrões bíblicos”.
As passagens de
João 8:12 (“Eu sou a luz do mundo.
Quem me segue, nunca andará em
trevas, mas terá a luz da vida”.) e II Coríntios 4:6 (Deus, que disse:
“Das trevas resplandeça a luz”, ele mesmo brilhou em nossos corações,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo)
aparecem em relevo, no final do número de série das miras.
“O
fabricante gravou essas inscrições nas miras sem a aprovação do
Exército”, esclareceu o porta-voz do Exército Matthew Bourke em uma nota
oficial.
”Consequentemente, as miras não cumpriram as exigências do
contrato”.
A empresa se comprometeu a não mais enviar miras para o
Exército com as inscrições.
Em 2009, o Ministério da Defesa americano
assinou um contrato de compra dos produtos da Trijicon, na ordem de US$
66 milhões.
Os Fuzileiros Navais possui um contrato vigente de 660
milhões dólares com a empresa.
Um dos soldados em Fort Wainwright
ouvidos pela rede Fox, disse não concordar.
“Tirar uma referência
bíblica não ajudará o Exército a cumprir melhor a sua missão.”
Alguns
anos atrás, o Military Religious Freedom Foundation, grupo que defende a
separação da religião e do Estado revelou que as miras usadas na
armas de soldados americanos e britânicos nos combates do Iraque e do
Afeganistão tinham passagens da Bíblia.
Na ocasião, o porta-voz do
Ministério da Defesa britânico disse que não sabia que essas marcas
tinham esse significado, mas reconheceu que as referências à Bíblia
poderiam provocar ofensas.
Em especial porque os exércitos aliados
estavam usando-as contra pessoas de países com maioria muçulmana.
Com informações BBC e CBN.
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