A
liberdade religiosa no exército dos Estados Unidos estaria comprometida
por posturas adotadas pelo comando da instituição.
A denúncia foi feita
pelo site cristão Charisma News, a partir de protestos de entidades de
defesa dos valores cristãos.
Segundo as entidades Associação da Família Americana e Conselho de
Pesquisa da Família, o tenente-coronel Jack Rich teria classificado
cristãos como “grupos de ódio”.
A afirmação de Jack Rich foi feita num e-mail de 14 páginas enviado
por ele a oficiais e soldados de seu batalhão.
No conteúdo do
comunicado, Rich refere-se a entidades cristãs como “grupos de ódio
nacional [...] que não estão alinhados aos valores do exército”, por se
oporem à homossexualidade.
“Quando vemos comportamentos que são inconsistentes com os valores do
Exército, não basta protestar por fazer a coisa certa.
É preciso lidar
com a preocupação antes de se tornar um problema”, diz trecho do e-mail
escrito por Rich.
O presidente do Conselho de Pesquisa da Família, Tony Perkins afirmou
que é preocupante ver o governo “levando os militares a serem usados
como um laboratório de experimentação social, e também como um
instrumento para mudar fundamentalmente a cultura [...]
A mensagem é
muito clara: se você é um cristão que crê na Bíblia, que acredita na
verdade transcendente, não há lugar para você no serviço militar”,
afirmou.
A Associação da Família Americana também se posicionou em repúdio às
declarações de Jack Rich:
“Há milhares de pessoas que se dizem cristãs e
se alistaram no Exército dos Estados Unidos, e que se ressentem do fato
de que este tenente-coronel está pretendendo falar em nome de todo o
Exército, dizendo que nós não representamos ‘valores do Exército’ “,
criticou o presidente da entidade, Tim Wildmon.
O porta-voz do exército no Pentágono, George Wright, afirmou que não
existe nenhuma orientação do comando para ataques contra cristãos ou
qualquer outro grupo religioso:
“A noção de que o Exército está tomando
uma posição antirreligiosa ou anticristã é contrária às nossas
políticas, doutrinas e regulamentos.
Qualquer discurso de que o Exército
está a rotular os grupos religiosos de uma maneira negativa é feita sem
mandado”, disse Wright.
Entretanto, uma discussão maior foi proposta por Bryan Fischer,
integrante da Associação da Família Americana.
Segundo ele, os
movimentos de ativistas gays se assemelham ao nazismo na Alemanha.
“Lembram-se, quando os judeus na Alemanha nazista tinham que usar uma
estrela de David amarela em sua luva?
Estamos chegando ao ponto em que
eles vão nos levar a fazer isso”, teorizou.
De acordo com o Huff Post, a previsão de Fischer se baseia numa ideia
existente na comunidade LGBT de forçar o governo a exigir que pessoas
contrárias às suas reivindicações usem algum tipo de identificação.
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