Jaime Sodré, seguidor do candomblé, escreveu um artigo em um jornal baiano elogiando o trabalho do pastor Djalma Torres
contra a violência e preconceito entre as religiões.
Durante eventos da
Igreja Batista do Nazareth foram reunidas lideranças religiosas da
Bahia.
- (Foto:Divulgação/Planalto)
O
texto intitulado ‘Viva o pastor Djalma de Ogum!’ foi publicada na
coluna Balaio de Ideias do jornal A Tarde.
Além de parabenizar a luta do
pastor Djalma Torres, o religioso do candomblé Jaime Sodré comemora os
38 anos da igreja, localizada na capital Salvador.
“Acolhidos, estávamos em casa, sem restrições ou olhares de
intolerâncias”, ressaltou Jaime Sodré sobre o convívio com a igreja e o
pastor Djalma Torres.
“Em especial, destacamos a participação
solidária na luta contra a intolerância religiosa, reconhecimento e
respeito à diversidade sexual.
Estimulando o dialogo com as paróquias
católicas, comunidades protestantes e movimentos sociais, a Igreja
alargava o seu horizonte”, diz Sodré parabenizando o trabalho do pastor
Djalma.
“Na compreensão de que o Reino de Deus é maior do que as
suas paredes, sejam físicas ou mentais’ destacamos a disposição do
pastor Djalma Torres em dialogar, compreender e participar, como
militante ativo, contra as manifestações que vinham de grupos religiosos
que, numa demonstração de inadaptação de uma convivência
interreligiosa, atacavam o Candomblé”, completou.
Jaime explicou
sobre o título polêmico.
“O Pastor Djalma Torres, pela sua seriedade e
apoio às nossas causas, tornou-se um irmão especial, e para retribuir
este seu carinho e solidariedade, o povo-de-santo, reconhecendo a sua
coragem, sinceridade, em um tom alegre, jocoso, mas respeitoso,
desejando ter a honra de integrá-lo em nosso meio, resolveu chamá-lo de
Pastor Djalma de Ogum”, justificou.
Jaime fala sobre o evento de
comemoração de 35 anos da Igreja Batista, onde esteve presente.
“Uma
história de muitas histórias dos irmãos solidários, sempre em busca de
novos horizontes inclusivos”, disse sobre a igreja evangélica.
Sobre os
pastores que promoviam o evento, ele declarou: “privilégio da
companhia”.
“No
mínimo estranheza deveria, em outros tempos, causar a visita de um fiel
do candomblé a um templo protestante, mas assim o fizemos por
obediência à orientação de Ebomi Cidália, que recomendava esta salutar
visita para estreitar laços de amizades, enriquecer o conhecimento e
abraçar amigos”, destacou ainda Jaime.
Em dezembro de 2012, o
pastor Djalma Torres recebeu o prêmio de Direitos Humanos, entregue pela
presidenta Dilma Roussef.
Seu trabalho foi destaque e recebeu o prêmio
na categoria Diversidade Religiosa, em reconhecimento da sua luta em
prol do Ecumenismo e do Diálogo Inter-Religioso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário