A Igreja Católica distribuiu uma oração às igrejas do país com intuito de ressaltar a oposição ao casamento gay.
Uma oração, que será lida nas missas das igrejas da França, causou polêmicas por focar-se na família e filhos com o intuito de ressaltar a oposição ao casamento gay.
- (Foto: Reuters)
Na
chamada Oração para a França pede-se que as crianças e jovens “deixem
de ser objetos dos desejos e conflitos dos adultos para beneficiar-se
plenamente do amor do pai e da mãe”, de acordo com a AFP.
Os
responsáveis pelo texto foram os bispos da França em resposta ao
Presidente Francois Hollande, que prometeu legalizar o casamento gay e a
adoção de filhos no próximo ano.
A Oração para a França era um
costume secular originado no século 17, quando o rei Luís XIII da França
decretou que todas as igrejas orassem no dia 15 de agosto para o bem do
país.
Ela acabou não sendo mais feita depois da 2° Guerra Mundial.
Segundo
um porta-voz da Igreja Católica, Dom Bernard Podvin o renascimento da
oração foi para “aumentar a consciência da opinião pública sobre graves
escolhas sociais”.
Grupos de ativistas gays
se enfureceram com a oração que será lida em todas as congregações da
França nesta quarta-feira, 15 de agosto, dia que marca a festa da
Assunção.
Eles acusaram a igreja de homofobia e de interferir na política.
"Ele
está insinuando que é perigoso para uma criança ser educada por pais do
mesmo sexo.
O texto da oração é homofóbico.
Definição de família da
igreja está longe da realidade das diversas famílias que vemos hoje - do
mesmo sexo, mista ou famílias monoparentais.
Nós estamos pedindo que
todos os diferentes tipos de famílias sejam reconhecidas, no interesse
da criança e dos pais", disse o porta-voz do grupo Inter LGBT, Gougain,
segundo a publicação Digital Journal.
O casamento do mesmo sexo já
é legalizado em vários países da Europa, incluindo os tradicionalmente
católicos Espanha e Portugal.
Na França, mais da metade da população é a favor do casamento homossexual (65%), segundo pesquisa realizada pela Ifop; e a favor da adoção de crianças por casais homossexuais (53 por cento), segundo divulgou a pesquisa feita pela La Lettre de L’Opinion.
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