Igreja pede a fiéis dízimos mais generosos.
Cada fiel contribui em média apenas R$ 1 por ano para Igreja Católica |
Dom Odilo Pedro Scherer, cardeal arcebispo de São
Paulo, participou das celebrações da 50ª Assembleia Geral da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta segunda-feira, 23.
O líder afirmou que as comemorações do jubileu do início do Concílio
Vaticano II visam auxiliar na reflexão sobre o verdadeiro significado
deste momento para a Igreja e para a sociedade.
Ele explica:
“Esta é uma
oportunidade para que o Concílio Ecumênico Vaticano II possa ser
devidamente avaliado e refletido”.
O cardeal entende que o Concílio Ecumênico Vaticano II foi um marco
para toda a Igreja, gerando um melhor diálogo entre todas as Igrejas e
também uma maior consciência da vida missionária, lembrando a Igreja
sobre seu estado permanente de missão.
Dom Odilo falou também sobre a laicidade do Estado brasileiro.
Ele
defende o respeito a liberdade religiosa e lembra que o Estado não deve
interferir nessa laicidade.
“Essa é uma preocupação que merece ser
refletida.
Também não podemos colocar de lado a religiosidade do nosso
povo.
O Estado deve levar isso em consideração e respeitar”.
Ao falar sobre o projeto de solidariedade entre as dioceses, lembrou
que muitas dioceses do país não têm condições de custear a formação dos
seus seminaristas e por isso precisam de auxilio.
“Precisamos contar com
a solidariedade para com as Igrejas mais pobres e fazer com que o povo
católico se sinta corresponsável com a evangelização e a formações dos
nossos sacerdotes”, enfatizou.
Durante a 50ª Assembleia-Geral da CNBB, em Aparecida, foi aprovada a
criação de um fundo de ajuda às dioceses mais pobres para a formação de
padres.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil depende cada vez mais de
seus próprios recursos, pois vem recebendo menos ajuda de dioceses da
Europa e dos EUA.
Para a Igreja Católica brasileira essa é uma situação
nova e por isso Dom Odilo pediu aos fieis que contribuam com mais
generosidade para a manutenção das paróquias e dos trabalhos de
evangelização.
“Precisamos conscientizar e fazer com que os católicos se
sintam também participantes da Igreja e uma das maneiras possíveis se
faz na contribuição generosa do dizimo”, lembra ele.
Ele revelou que “A coleta do dízimo não ultrapassa a média de R$ 1
por pessoa, o que daria cerca de R$ 130 milhões por ano, segundo o
número estimado de católicos brasileiros”.
O costume católico é que, além do dízimo, haja uma contribuição
mensal onde os fieis podem doar, em campanhas específicas, o valor que
desejarem.
A Coleta da Solidariedade, por exemplo, arrecadou na última
Páscoa R$ 12 milhões, que foram distribuídos entre as 274 dioceses e as
cerca de 9 mil paróquias do País.
Com informações CNBB e Estadão
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