Igrejas
inclusivas crescem no Brasil, informaram especialistas a pedido da BBC
Brasil.
Segundo a reportagem da publicação, há a existência de pelo
menos dez diferentes congregações de igrejas gay-friendly no país, com mais de 10 mil fiéis e mais de 40 missões e delegações.
- (Foto: BBC Brasil)
As
igrejas estão concentradas principalmente em São Paulo e Rio de
Janeiro, sendo compostas principalmente por solteiros e casais, de
diferentes níveis sociais, informaram os especialistas.
O movimento
ganhou força com as campanhas contra a homofobia.
Uma pesquisadora
da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) afirma que através da
pregação da tolerância, “as igrejas permitem a manifestação da fé na
tradição cristã independente da orientação sexual”, segundo a BBC
Brasil.
Membros de tais igrejas alegam que não podiam sua fé
abertamente, tendo muitas vezes que esconder sua orientação sexual ou
são até mesmo sendo expulsos das igrejas tradicionais.
Nessas igrejas
inclusivas, eles podem professar abertamente mesmo sendo homossexuais.
Mas,
embora elas ainda preguem o celibato antes do casamento e a monogamia
depois do casamento, as igrejas inclusivas enfrentam grande resistência
das comunidades católicas e evangélicas.
Para o pastor e
apologista cristão, João Flávio Martinez, a atitude dessas igrejas não é
de inclusão, mas de “apostasia e desrespeito” ao corpo de Cristo.
Martinez afirmou, em entrevista que a igreja “tem
que amar, mas não perder a firmeza e a convicção”.
“A
igreja brasileira deve lidar com isso como a Bíblia ensina, ou seja,
não devemos nos associar aos devassos e que se dizendo irmãos fazem todo
tipo de torpeza (I Co 5.11)” disse ele ao CP.
Ele discorda das
alegações de que os homossexuais tem que esconder sua orientação sexual
ou que são expulsos das igrejas tradicionais.
Segundo ele, a igreja os
tem tratado bem, mas o problema é o fato deles quererem “rasgar a
verdade bíblica”.
“E isso a igreja verdadeira não fará.
Cristo ama o pecador, mas não aceita o pecado ainda que seja ‘em nome de Jesus’”, afirmou.
Para resolver o problema da homossexualidade,
o apologista urge que a igreja evangélica brasileira bem como os
Cristãos em geral, sejam mais reticentes em pregar com veemência a
palavra de Deus, inclusive contra o pecado.
“A igreja atual acha
politicamente incorreto falar contra o pecado, mas não temos opção,
somente pela potência da palavra de Deus teremos pessoas livres do
pecado e redimidas pela Graça do senhor”.
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