Bispos
na 50ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) se assustaram com a queda no número de católicos, cuja a
porcentagem caiu de 83,34% para cerca de 68% nos últimos 20 anos.
Esses números, citados na Assembleia Geral, foram anteriormente divulgados por um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e apresentados pelo Padre jesuíta Thierry Lienard de Guertechin, do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento (Ibrades).
"Perdemos
o povo, porque, se o número absoluto de católicos cresce, caíram os
números relativos, que dizem a verdade", comentou o cardeal d. Cláudio
Hummes, ex-prefeito da Congregação do Clero no Vaticano e ex-arcebispo
de São Paulo, segundo o Estadão.
O Novo Mapa das Religiões da FGV
mostra que em 2009 o país possuía a menor proporção de católicos entre
as demais religiões comparando com décadas anteriores ao estudo.
No esforço para garantir a perseverança dos católicos e reconquista daqueles que abandonaram a igreja, o cardeal afirmou na sexta-feira que “é preciso começar pelo começo”, durante a missa dos bispos.
Os
dados que Thierry apresentou também mostram o crescimento dos
evangélicos que representam 21,93% da população, enquanto 6,72% declaram
não ter religião e 4,62% afirmam praticar religiões alternativas.
Thierry
defende que as porcentagens devam ser analisadas com maior acuracidade,
alegando refletir um quadro confuso na denominação das crenças.
Ele
aponta, por exemplo, que a multiplicidade da prática religiosa é um
fator de distorção.
"O número de seguidores de Edir Macedo, da
Igreja Universal do Reino de Deus, que aparece com 1% nas pesquisas é na
realidade maior", disse padre Thierry.
O estudo da FGV realizou entrevistas com 200 mil famílias antes do Censo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário