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sábado, 14 de abril de 2012

Preso que não paga dízimo à Universal sofre discriminação.

Discriminação na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá,

O Ministério Público do Estado do Mato Grosso investiga as denúncias de que os presos que não pagam dízimo à Igreja Universal estão sofrendo discriminação na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, por parte da ala dos evangélicos.

“Os caras cobram e quem não paga não tem direito nem à água gelada e quem paga tem até filme pornô”, disse um detento, de acordo com o Portal de Notícias 24 Horas News. 

O valor médio do dízimo é R$ 30 por mês.

O promotor Célio Wilson de Oliveira, da Vara de Execuções Penais, confirmou as denúncias de extorsão. 

“As investigações estão se prologando mais do que se imaginava”, disse. 

“Por isso temos de aguardar as conclusões.”

As investigações incluíram a apreensão de computadores, documentos de registros contábeis e objetos que pastores da Universal estavam usando dentro da penitenciária.

A primeira denúncia surgiu em um interrogatório a um juiz de Várzea Grande (na Grande Cuiabá) por um detento que disse ter sido excluído do grupo dos evangélicos por não pagar o dízimo. 

A exclusão, segundo o detento, foi “um castigo”.

A Igreja Universal não se manifestou sobre as denúncias.
A cobrança de dízimo por parte de igrejas evangélicas estaria ocorrendo já há algum tempo em vários presídios do país. 

Tanto que em 2011 o CNPC (Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária), órgão do Ministério da Justiça, emitiu uma resolução proibindo essa modalidade de cobrança e a venda de material religioso dentro das detenções.

Fonte: Paulopes

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