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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Quatro religiões serão ensinadas para alunos de escolas municipais do Rio de Janeiro.

A proposta partiu do poder Executivo e foi aprovada pela Câmara da capital fluminense em outubro do ano passado.
Quatro religiões serão ensinadas para alunos de escolas municipais do Rio de Janeiro
A partir do segundo semestre deste ano alunos do 1º e do 3º ano do ensino fundamental de 80 escolas da rede municipal do Rio de Janeiro passarão a ter aulas de ensino religioso.

A prefeitura já contratou 100 professores de religião, sendo 45 católicos, 35 evangélicos, dez espíritas e dez de religiões afro-brasileiras. 

Os pais deverão matricular seus filhos no credo escolhido. 

Caso a família não aceite o ensino religioso, no lugar dessa disciplina o aluno terá aulas de “educação para valores”, onde vai aprender sobre ética e cidadania.

A lei foi proposta pelo próprio poder Executivo, e aprovada pela Câmara do Rio de Janeiro em outubro passado sendo logo em seguida sancionada pelo prefeito Eduardo Paes. 

O projeto cria a possibilidade de professores de religião sejam contratados desde que sejam “credenciados pela autoridade religiosa competente, que exigirá formação obtida em instituição por ema mantida ou reconhecida”.

Ao propor o ensino de várias religiões a prefeitura recebeu a aprovação de líderes religiosos como o bispo dom Nelson Francelino Ferreira. 

“Estamos atentos para que o ensino religioso não seja usado como elemento de proselitismo. 

Não é catequese”, disse ele.

Francelino Ferreira é o bispo auxiliar e referencial para ensino religioso da Arquidiocese do Rio, ele deixou claro que os professores católicos precisarão ter formação em teologia para poder lecionar nas escolas. 

O reverendo Daniel Rangel, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil também aprovou a iniciativa, já que ela faz com que a sociedade carioca aceite melhor a pluralidade de religiões. 

“Acho positivo, porque vai ensinar às crianças não apenas valores éticos ligados à sociedade civil, mas à religião. 

Vai ser uma oportunidade de a sociedade do Rio aprender a se relacionar com a pluralidade religiosa”.

Mas a ideia não agradou o coordenador do Observatório da Laicidade do Estado, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Antônio Cunha, que condena o ensino religioso. 

“Os professores das escolas públicas são pagos por todo o povo, através de impostos, inclusive daquelas pessoas que não têm religião”, disse ao jornal O Globo.

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