A
pergunta que não quer calar.
Quem gosta de sofrer?
Muitos já fizeram
essa pergunta, “Se Deus é bom por que Ele permite a dor?”
Um escritor
cristão responde.
- (Foto: Geração Ação Recife)
Maurício
Zágari, autor do livro vencedor do Prêmio Areté 2011 como Autor
Revelação e Melhor livro de Ficção/Romance - com o livro "O Enigma da
Bíblia de Gutemberg", escreveu em seu blog sobre o assunto, revelando
seus sofrimentos pessoais por meio de uma doença incurável.
“Se
Deus é bom por que Ele permite a dor?
Por que o Deus que é amor permite
tanto sofrimento, até entre seus filhos?” pergunta ele.
O autor
revela que possui um doença incurável há 16 anos, chamada fibromialgia,
que o faz sentir dor 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Segundo ele,
ela não tem cura e o impede que desempenhe uma série de atividades
físicas, como digitar no computador, dirigir, carregar peso, fazer
exercícios, entre outros.
Assim, falando como um esperto no
assunto “sofrimento”, ele diz que muitos tem o mesmo questionamento
sobre a permissão de Deus em deixá-los nessa condição.
“Quanto e
quantos de nós já não passamos por situações de dor – seja física,
moral, emocional ou de qualquer outro tipo – e questionamos o Senhor
sobre nossa condição?
Isso já aconteceu comigo e certamente também com
você”.
Maurício
diz ter sofrido muito, não somente com os sintomas da doença, mas
também pela reação das pessoas que chegam a não acreditar na doença por
não entenderem a “moléstia invisível”, visto que a doença não pode ser
detectada através de exames.
Mas Zágari afirma que acredita que o
Senhor o deixa passar por isso para que no futuro possa auxiliar outras
pessoas que venham a passar pela mesma situação e solidificar seu
relacionamento com Cristo.
“Em outras palavras, penso que Deus
autoriza a dor para que mais à frente possamos usar a experiência
advinda desse sofrimento com o objetivo de ajudar o próximo que esteja
vivendo aquilo que já vivemos.
E, nesse ajudar, tanto quem ajuda quanto quem é ajudado desenvolve, fortalece e solidifica muito seu relacionamento com Cristo.”
Numa
postagem anterior, ele diz que a doença lhe permitiu glorificar o nome
de Deus.
“Pelo menos 9 pessoas de minha família foram salvas por Jesus
de um modo ou de outro por causa dessa minha doença, por caminhos que
você não imagina”.
Ele também afirma que desde que a doença
manifestou-se no seu corpo, ele traduziu 17 livros cristãos, usando um
software de ditado vocal e escreveu quatro livros com o velho método de
caneta sobre caderno.
“Deus tem me dito que ‘Sua graça me basta’ e
tem me dado meios e alternativas – assim consegui sobreviver aos meus
últimos 16 anos.”
Apesar de ainda continuar a orar pela cura, ele fala como isso o aproximou mais de Cristo, de uma maneira prática e não teórica.
“(...)
parei de ver Cristo como um personagem e passei a enxergá-lo como uma
pessoa.
Deixei de buscá-lo por interesse, como o balconista que poderia
me dar algo, e comecei a ter intimidade com Ele, a ter uma relação
pessoal, de diálogo, de compartilhamento.”
Maurício hoje quase não
toca no assunto de sua enfermidade e diz não “murmurar” ou “lamuriar
mais”.
Ele ora todos os dias pedindo a cura e acredita veementemente que
as coisas ruins que acontecem servem para ajudar aqueles que passam
pela mesma situação e dar glória a Deus.
Assim, ele urge aos
cristãos que “você possa usar o seu sofrimento, e aquilo que com ele
aprender, para a glória do Criador do Universo e para ajudar o seu
próximo”.
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