Um tribunal distrital na Alemanha decidiu pela proibição da circuncisão de judeus e muçulmanos, quando não há razões médicas.
- (FOTO:DIVULGÃÇÃO)
A
decisão seguiu-se depois de uma circuncisão mal sucedida por um médico
muçulmano em um menino de quatro anos de idade.
O tribunal decidiu que a
circuncisão constitui "dano" físico para crianças e, portanto, não
poderiam ser protegidos pela liberdade de religião.
Líderes judeus da comunidade na Alemanha chamaram a decisão de "ultrajante e insensível".
No
Judaísmo, a circuncisão tem sido praticada há milênios.
Baseado no
mandamento de Deus a Abraão que inicia o recém-nascido na fé de seus
antepassados.
O procedimento ocorre em crianças do sexo masculino com
apenas oito dias de idade.
Os muçulmanos também praticam a circuncisão masculina embora não necessariamente durante a infância.
O
Conselho Central de Muçulmanos também emitiu um comunicado
classificando a decisão de “interferência inadmissível” nos direitos dos
pais.
“A
liberdade religiosa é altamente valorizada na nossa constituição e não
deve ser um joguete”, afirmam representantes do conselho.
O
tribunal alemão argumenta que a prática altera irreversivelmente o corpo
de uma criança, infringindo assim os seus direitos.
O tribunal defende
que a criança poderá optar pela circuncisão mais tarde, se assim
entender.
Não é a primeira vez que tribunais e grupos tentam
proibir a circuncisão como ritual.
A Suécia, Noruega, Holanda e
Finlândia, bem como dois grupos na Califórnia, também já tentaram.
Em
São Francisco em 2011, um grupo reuniu 12.000 assinaturas em apoio de
uma medida proibindo a circuncisão masculina, independentemente da
religião de uma família.
Um juiz na Califórnia, porém, entendeu
que o decreto violaria a liberdade religiosa e retirou da votação.
O
governador Jerry Brown depois assinou uma lei impedindo futuras
tentativas nesse sentido pelas autoridades locais.
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