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domingo, 9 de dezembro de 2012

O ateu Oscar Niemeyer foi para o céu? Pastor afirma que sim .

Poema de pastor luterano surpreende pelas afirmações.

O ateu Oscar Niemeyer foi para o céu? Pastor afirma que sim
O ateu Oscar Niemeyer foi para o céu? Pastor afirma que sim
O arquiteto Oscar Niemeyer foi lembrado em um culto ecumênico no Rio de Janeiro. 

O último ato formal antes de seu enterro teve um momento inusitado graças às palavras do pastor luterano Mozart Noronha.

Conduziram o culto de despedida ao arquiteto, morto aos 104 anos, dois padres, além do pastor e um rabino.

Reconhecidamente ateu e comunista, há quem pense que Niemeyer não concordaria com um ato religioso para celebrar a partida de sua alma. 

Afinal, o famoso arquiteto tinha uma visão bastante crua e prática da finitude da vida: “a vida é um sopro, um minuto. 

A gente nasce, morre. O ser humano é um ser completamente abandonado…”, declarou certa vez.

Mas o pastor luterano surpreendeu a todos os presentes na cerimônia ao ler um poema de sua autoria, onde afirmou que Deus o convidou para entrar no céu, local que Niemeyer nunca acreditou existir. 

Ainda que não ignore o ateísmo de Niemeyer e o fato de ele ser comunista, Mozart descreveu a suposta chegada ao céu do arquiteto com a bandeira comunista em punho, recebido por anjos que cantavam o hino da Internacional Comunista e ainda acredita que ele foi recebido com festa.

Veja a íntegra do poema lido durante o culto ecumênico:


Numa tarde de verão,
Dia cinco de dezembro
Do ano dois mil e doze,
Vi a Santíssima Trindade
Reunida de emergência,
Ordenando aos seus apóstolos
Receberem Niemeyer
O incansável guerreiro
Que do Rio de Janeiro
Partiu para a eternidade
Deus estava mui feliz
O espírito nem se fala!
E na comunhão do além
Recomendaram que os anjos
Organizassem um coral
Em homenagem ao arquiteto
Cantando a Internacional.
Logo os músicos reunidos,
Sopranos, baixos e tenores,
Com todos os seus instrumentos
Entoaram uns mil louvores
Externando os sentimentos.
Juntaram-se os trovadores,
Mil pintores e poetas,
Abraçando os escritores
Numa festa sem igual.

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