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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Centro inter-religioso pretende unir todas as religiões em busca da paz mundial . ( ECOMUNISMO )

“A religião não deve ser vista não como parte de um problema, mas como parte de uma solução”, afirmam seus fundadores.

Centro inter-religioso pretende unir todas as religiões em busca da paz mundial
Centro inter-religioso pretende unir todas as religiões em busca da paz mundial
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e os ministros das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Áustria e Espanha, participaram da abertura de um centro internacional para o diálogo inter-religioso no centro histórico de Viena.

O Centro Internacional para o Diálogo Inter-religioso e Intercultural Rei Abdullah Bin Abdulaziz é um projeto que busca ampliar o diálogo entre as diferentes religiões.  

Patrocinado pelo governo da Arábia e co-patrocinado pela Áustria e Espanha, seu conselho será composto de um diretório formado por representantes católicos, protestantes, ortodoxos, judeus, budistas, hinduístas e pelas três principais vertentes do Islã: xiita, wahhabista e sunita.

Um observador do Vaticano ressaltou que a nova instituição tem como objetivo tornar-se “uma ponte para facilitar o diálogo entre religiões, a fim de melhorar a cooperação, o respeito à diversidade, justiça e paz”.

Os organizadores do Centro, que leva o nome do rei saudita, garantem que não haverá interferência política e que o conselho, será independente. 

”O que tentamos mostrar é que a religião não deve ser vista não como parte de um problema, mas como parte de uma solução”, resumiu o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo. 

Mas a inauguração do centro gerou um acalorado debate entre diferentes grupos de ativistas por causa do envolvimento da Arábia Saudita, berço do Islã e que não permite a existência de outras religiões em seu território.

No entanto, os proponentes esperam promover uma maior tolerância nesta nação.

O secretário Ban Ki-moon lembrou dos atuais conflitos na Síria e as disputas entre israelenses e palestinos como exemplos que mostram a necessidade de “um entendimento a longo prazo que passa por fronteiras e identidades religiosas, nacionais, culturais e étnicas”.

O rabino David Rosen, representante do judaísmo no Centro Rei Abdullah, ressalta que o Centro tem programas para combater a intolerância e os preconceitos. 

Ele ressalta que “anunciaremos uma primeira iniciativa que envolverá as diversas comunidades religiosas – principalmente igrejas e mesquitas – para combater a mortalidade infantil e para favorecer uma educação básica para a saúde. 

Outros pontos são, por exemplo, a assistência aos órfãos da AIDS, a educação, os problemas relacionados ao ambiente. 

Também temos que reconhecer que ocorrem coisas terríveis em nome da religião… 

Há muitos conflitos que são conflitos territoriais, para os quais a religião é explorada. 

Eu conheço muito bem a Irlanda, mas isso também vale para o Sri Lanka, para a Caxemira, para a Nigéria. 

E particularmente para o meu país no Oriente Médio”.

O que originou a ideia deste novo centro foi a Conferência Internacional do Diálogo realizada em Madri, em 2008, com o patrocínio da Arábia Saudita. 

Margallo ressalta que a é um fórum de diálogo “não entre religiões, mas entre crentes de distintas religiões que compartilham valores e princípios para fazer com o que mundo viva mais em paz, mais estável e mais harmonioso”.  


Com informações Acontecer Cristiano e Unisinos.

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