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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

“Presépios ateus” se multiplicam .

Iniciativa anticristã tem crescido nos últimos anos.

“Presépios ateus” se multiplicam
“Presépios ateus” se multiplicam
Enquanto o “espírito natalino” parece tomar conta de lojas, praças e residências todo o final de ano, é comum serem vistos presépios montados em espaços públicos. 

Este ano, mais uma vez, associações ateístas lutaram na justiça para impedir esse tipo de exibição.

Nos EUA, grupos como a Freedom From Religion Fundation conseguiram autorização judicial para apresentar suas próprias versões do presépio ao lado das tradicionais representações cristãs do nascimento de Jesus.

No Parque Palisades, em Santa Monica, Califórnia, eles venceram no tribunal e poderão exercer seus “direitos iguais de liberdade de expressão”. 

Três anos atrás, Damon Vix, um ateu militante, começou sua luta para colocar uma faixa antireligiosa no parque, ao lado dos tradicionais presépios. 

Tratava-se de uma citação de Thomas Jefferson: 

“Religiões são todas iguais, fundadas sobre fábulas e mitologias”. 

Apesar de ter recebido autorização da prefeitura, sua faixa foi destruída.

Este ano, uma coalizão de igrejas desafiou a decisão do poder público, alegando uma violação de seus direitos religiosos. 

Mas a juíza Audrey Collins decidiu a favor da cidade, dizendo que o governo não deve deixar os cidadãos coloquem seus bens em propriedade pública. 

Ou seja, uma proibição total de exibições religiosas em locais públicos.

Essa tática de luta contra os presépios está crescendo. 

No ano passado, a Freedom From Religion incentivou seus 17.000 membros a colocarem faixas antireligiosas ao lado dos presépios montados em espaços públicos. 

O grupo chamou atenção da mídia ao colocar um banner no gramado do tribunal em Atenas, Texas, que dizia: 

“Não há deuses, nem demônios, nem anjos, nem céu ou inferno.”

“Há um crescente movimento secular que deseja se expressar”, disse Vix à rede ABC. 

”Estamos felizes em mostrar no que acreditamos, e temos o mesmo direito de anunciar isso que os outros [cidadãos]“.

A versão secular da Natividade, exposta em Madison, Wisconsin, surpreendeu a muitos quando exibiu a escritora Emma Goldman, o “pai da evolução” Charles Darwin e Albert Einstein substituindo os reis magos. 

Além disso,  Thomas Jefferson e a deusa Vênus interpretavam os pais de uma versão feminina de Jesus, enquanto a Estátua da Liberdade fazia o a papel de anjo.

“Nós, os incrédulos, não nos incomodamos em dividir essa época do ano com os cristãos, mas é necessário reconhecer que os cristãos realmente roubaram dos pagãos seus enfeites de Natal, e o mito do deus-sol”, ressaltou Annie Laurie Gaylor, co-presidente da Freedom From Religion Foundation (FFRF) no Wisconsin.

O grupo lembra que os pinheiros verdes utilizados como símbolo do Natal estão “profundamente enraizados na tradição pagã”, e que o Solstício de Inverno foi comemorado durante milênios no Hemisfério Norte, sempre com festivais de luz, festas e trocas de presentes

Dan Barker, co-presidente FFRF, acrescentou “os cristãos tendem a pensar que são donos do mês de dezembro. 

Nós não concordamos. 

Na celebração do Solstício de Inverno, nós celebramos a realidade.”

Seu “presépio ateu” oficialmente celebra o solstício de inverno, dia 21 de dezembro, quando o sol aparecerá ao meio-dia em sua menor altitude do ano. 

“Essa exposição celebra a família humana, a razão e o Solstício de Inverno,” disse a FFRF em um comunicado.

O grupo cristão Ação pela Família do Wisconsin classificou a tentativa ateísta de propor um novo tipo de presépio de “irreverente”. 

Lembrando uma passagem bíblica, emitiu um comunicado que diz: 

“Os Herodes modernos, como a Freedom From Religion Foundation continuarão tentando ameaçar, depreciar, zombar, desprezar e blasfemar contra a verdade do Natal. 

No entanto, aqueles que conhecem a verdade – Jesus Cristo Encarnado – irão continuar seguros de sua crença de que esse Jesus um dia voltará como Rei dos Reis”.  


Traduzido e adaptado de The Christian Post e Time.

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