Iniciativa anticristã tem crescido nos últimos anos.
“Presépios ateus” se multiplicam |
Enquanto o “espírito natalino” parece tomar conta de lojas,
praças e residências todo o final de ano, é comum serem vistos presépios
montados em espaços públicos.
Este ano, mais uma vez, associações
ateístas lutaram na justiça para impedir esse tipo de exibição.
Nos EUA, grupos como a Freedom From Religion Fundation conseguiram
autorização judicial para apresentar suas próprias versões do presépio
ao lado das tradicionais representações cristãs do nascimento de Jesus.
No Parque Palisades, em Santa Monica, Califórnia, eles venceram no
tribunal e poderão exercer seus “direitos iguais de liberdade de
expressão”.
Três anos atrás, Damon Vix, um ateu militante, começou sua
luta para colocar uma faixa antireligiosa no parque, ao lado dos
tradicionais presépios.
Tratava-se de uma citação de Thomas Jefferson:
“Religiões são todas iguais, fundadas sobre fábulas e mitologias”.
Apesar de ter recebido autorização da prefeitura, sua faixa foi
destruída.
Este ano, uma coalizão de igrejas desafiou a decisão do poder
público, alegando uma violação de seus direitos religiosos.
Mas a juíza
Audrey Collins decidiu a favor da cidade, dizendo que o governo não deve
deixar os cidadãos coloquem seus bens em propriedade pública.
Ou seja,
uma proibição total de exibições religiosas em locais públicos.
Essa tática de luta contra os presépios está crescendo.
No ano
passado, a Freedom From Religion incentivou seus 17.000 membros a
colocarem faixas antireligiosas ao lado dos presépios montados em
espaços públicos.
O grupo chamou atenção da mídia ao colocar um banner
no gramado do tribunal em Atenas, Texas, que dizia:
“Não há deuses, nem
demônios, nem anjos, nem céu ou inferno.”
“Há um crescente movimento secular que deseja se expressar”, disse
Vix à rede ABC.
”Estamos felizes em mostrar no que acreditamos, e temos o
mesmo direito de anunciar isso que os outros [cidadãos]“.
A versão secular da Natividade, exposta em Madison, Wisconsin,
surpreendeu a muitos quando exibiu a escritora Emma Goldman, o “pai da
evolução” Charles Darwin e Albert Einstein substituindo os reis magos.
Além disso, Thomas Jefferson e a deusa Vênus interpretavam os pais de
uma versão feminina de Jesus, enquanto a Estátua da Liberdade fazia o a
papel de anjo.
“Nós, os incrédulos, não nos incomodamos em dividir essa época do ano
com os cristãos, mas é necessário reconhecer que os cristãos realmente
roubaram dos pagãos seus enfeites de Natal, e o mito do deus-sol”,
ressaltou Annie Laurie Gaylor, co-presidente da Freedom From Religion
Foundation (FFRF) no Wisconsin.
O grupo lembra que os pinheiros verdes utilizados como símbolo do
Natal estão “profundamente enraizados na tradição pagã”, e que o
Solstício de Inverno foi comemorado durante milênios no Hemisfério
Norte, sempre com festivais de luz, festas e trocas de presentes
Dan Barker, co-presidente FFRF, acrescentou “os cristãos tendem a
pensar que são donos do mês de dezembro.
Nós não concordamos.
Na
celebração do Solstício de Inverno, nós celebramos a realidade.”
Seu “presépio ateu” oficialmente celebra o solstício de inverno, dia
21 de dezembro, quando o sol aparecerá ao meio-dia em sua menor altitude
do ano.
“Essa exposição celebra a família humana, a razão e o Solstício
de Inverno,” disse a FFRF em um comunicado.
O grupo cristão Ação pela Família do Wisconsin classificou a
tentativa ateísta de propor um novo tipo de presépio de “irreverente”.
Lembrando uma passagem bíblica, emitiu um comunicado que diz:
“Os
Herodes modernos, como a Freedom From Religion Foundation continuarão
tentando ameaçar, depreciar, zombar, desprezar e blasfemar contra a
verdade do Natal.
No entanto, aqueles que conhecem a verdade – Jesus
Cristo Encarnado – irão continuar seguros de sua crença de que esse
Jesus um dia voltará como Rei dos Reis”.
Traduzido e adaptado de The Christian Post e Time.
Nenhum comentário:
Postar um comentário