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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Bispa Sonia Hernandes rejeita apelido de “perua de Deus” e justifica vaidade: “Se eu colocar a mesma roupa todo dia, sei lá o que vão falar”.

Bispa Sonia Hernandes rejeita apelido de “perua de Deus” e justifica vaidade: “Se eu colocar a mesma roupa todo dia, sei lá o que vão falar”

A bispa Sonia Hernandes concedeu uma entrevista falando sobre questões ligadas à sua atuação ao lado do marido, apóstolo Estevam Hernandes, à frente da Igreja Renascer.

Sonia, 54 anos, que lidera o grupo Renascer Praise, falou que o fato de ser evangélica é motivo de preconceito, embora atualmente um pouco menos que os “anos da inquisição no Brasil, quando a gente saía na rua e quase era apedrejado”. 

A bispa disse ainda ter o hábito de acompanhar as lutas de MMA promovidas pelo UFC, e listou os lutadores preferidos: 

“Vitor Belfort [...] Minotauro, Pezão, Anderson Silva… 

Tudo de bom!”, afirmou, na entrevista concedida à Folha de S. Paulo.

Sobre a Renascer, com 810 igrejas espalhadas pelo país e promotora da Marcha para Jesus em São Paulo, Sonia Hernandes espera que continue crescendo: 

“A cidade precisa ser mais evangelizada”, diz ela.

Vaidosa, a bispa diz que não repete roupas devido a seu programa de TV e revela que considera “machismo” o apelido de “perua de Deus”. 

Sonia é patrocinada por estilistas de grifes famosas, como Fause Haten, o casal Glória Coelho e Reinaldo Lourenço, e a joalheria H. Stern.

“Se eu colocar a mesma roupa todo dia, sei lá o que vão falar. 

As piores coisas que você pode imaginar”, justifica-se, antes de ressaltar que o preconceito é menor contra os homens: 

“Eles não têm cabelo pixaim. 

Se usarem a mesma roupa, ninguém vai falar que o programa é repetido. 

No Brasil, as mulheres são muito cobradas pela aparência”.

De ascendência libanesa – a bispa tem o sobrenome Haddad, assim como o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), que também é descendente de libaneses – Sonia afirma ainda que o gosto por bijuterias, joias e maquiagem vem de berço: 

“Minha avó não dormia sem batom. 

Minha mãe nunca dormiu sem passar creme no rosto. 

O que muita gente chama de vaidade é meio cultural. 

Lápis no olho aprendi a passar… 

Tinha o que, nove anos de idade?”, afirma.

O gosto pelos cosméticos a motivou a lançar uma linha de produtos chamada Divinessence.

Kit De Bem com a Vida, que inclui um perfume que "exala o bom cheiro de CRISTO", e é vendido em parcelas pela internet.

Falando sobre sociedade e política, Sonia Hernandes foi instigada pela repórter XX a comentar a recente aprovação do projeto apelidado de “cura gay” pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM): 

“A igreja é aberta. 

Jesus veio para os doentes. 

Quero nem falar que é doença. 

Se falar doença comportamental, então mulher que toma bola pra emagrecer também é. 

Minha missão é pregar o evangelho, não é julgar”, esquivou-se.


Por Tiago Chagas

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