A bispa Sonia Hernandes concedeu uma entrevista falando sobre
questões ligadas à sua atuação ao lado do marido, apóstolo Estevam
Hernandes, à frente da Igreja Renascer.
Sonia, 54 anos, que lidera o grupo Renascer Praise, falou que o fato
de ser evangélica é motivo de preconceito, embora atualmente um pouco
menos que os “anos da inquisição no Brasil, quando a gente saía na rua e
quase era apedrejado”.
A bispa disse ainda ter o hábito de
acompanhar as lutas de MMA promovidas pelo UFC, e listou os lutadores
preferidos:
“Vitor Belfort [...] Minotauro, Pezão, Anderson Silva…
Tudo
de bom!”, afirmou, na entrevista concedida à Folha de S. Paulo.
Sobre a Renascer, com 810 igrejas espalhadas pelo país e promotora da
Marcha para Jesus em São Paulo, Sonia Hernandes espera que continue
crescendo:
“A cidade precisa ser mais evangelizada”, diz ela.
Vaidosa, a bispa diz que não repete roupas devido a seu programa de
TV e revela que considera “machismo” o apelido de “perua de Deus”.
Sonia
é patrocinada por estilistas de grifes famosas, como Fause Haten, o
casal Glória Coelho e Reinaldo Lourenço, e a joalheria H. Stern.
“Se eu colocar a mesma roupa todo dia, sei lá o que vão falar.
As
piores coisas que você pode imaginar”, justifica-se, antes de ressaltar
que o preconceito é menor contra os homens:
“Eles não têm cabelo pixaim.
Se usarem a mesma roupa, ninguém vai falar que o programa é repetido.
No Brasil, as mulheres são muito cobradas pela aparência”.
De ascendência libanesa – a bispa tem o sobrenome Haddad, assim como o
prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), que também é descendente
de libaneses – Sonia afirma ainda que o gosto por bijuterias, joias e
maquiagem vem de berço:
“Minha avó não dormia sem batom.
Minha mãe nunca
dormiu sem passar creme no rosto.
O que muita gente chama de vaidade é
meio cultural.
Lápis no olho aprendi a passar…
Tinha o que, nove anos de
idade?”, afirma.
O gosto pelos cosméticos a motivou a lançar uma linha de produtos chamada Divinessence.
Kit De Bem com a Vida, que inclui um perfume que "exala o bom cheiro de CRISTO", e é vendido em parcelas pela internet.
Falando sobre sociedade e política, Sonia Hernandes foi instigada
pela repórter XX a comentar a recente aprovação do projeto apelidado de
“cura gay” pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM):
“A
igreja é aberta.
Jesus veio para os doentes.
Quero nem falar que é
doença.
Se falar doença comportamental, então mulher que toma bola pra
emagrecer também é.
Minha missão é pregar o evangelho, não é julgar”,
esquivou-se.
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