Atualmente
estão em voga nos EUA (com reflexos para quase todo o mundo – N.R.)
conferências e programas de TV amplamente divulgados onde
“especialistas” alegam estar examinando as evidências para descobrirem
quem Jesus realmente era.
No programa de entrevistas Larry King Livefoi
debatido há algum tempo o tema “Quem é Jesus?”
Pouco antes, Peter
Jennings apresentou um outro especial com o título “Em Busca de Jesus”.
As
universidades americanas também vêm se envolvendo no assunto há alguns
anos.
Um simpósio chamado “Jesus em 2000″ foi realizado na Universidade
Estadual do Oregon e transmitido ao vivo para todos os Estados Unidos,
com o objetivo de “explorar o que os especialistas têm a dizer sobre o
homem descrito como místico, curandeiro e Filho de Deus”.
Segundo a
publicidade feita, os debatedores eram “seis dos mais renomados eruditos
em religião do mundo…”
Essa mesma universidade também produziu um
programa para o qual convidou outros “eruditos” para oferecerem uma
“nova imagem de Deus para o século XXI” – como se Deus fosse um mito que
criamos para nos dar uma falsa sensação de conforto e como se o homem
precisasse de um novo “deus” que tenha um apelo mais moderno.
Uma Revelação Especial Para os Eruditos?
É
possível sentirmos que há um certo elitismo na implicação de que os
eruditos são capazes de conhecer Jesus melhor do que nós, que não temos
as mesmas “qualificações”.
Por acaso Deus é parcial e se revela de modo
diferente para os que tiveram acesso à educação superior?
Esses
“especialistas” nunca são apresentados como servos humildes de Cristo,
que conhecem o Senhor e estão vivendo em obediência à Sua Palavra.
Ao
invés disso, a ênfase recai sobre sua formação acadêmica.
Seus títulos
de PhD são usados como uma espécie de “permissão especial” para revisar,
aviltar, contradizer e questionar a Palavra de Deus.
O Senhor não
se impressiona com as credenciais acadêmicas deste mundo.
Como é
trágico quando a Igreja chega ao ponto de valorizar tanto a sabedoria
mundana que as escolas cristãs, e até os seminários, acabam
comprometendo a verdade para poderem receber algum crédito dos inimigos
da cruz.
Os critérios usados por Deus são bastante distintos.
Enquanto
no meio secular um alto nível de escolaridade pode ser algo benéfico,
isso não tem relação alguma com se conhecer, obedecer e agradar ao
Senhor.
Abraão, que foi chamado ”amigo de Deus” (Tg 2.23), não era um
erudito.
Na verdade, a sabedoria deste mundo é um empecilho para se
conhecer a Deus e as coisas reveladas pelo Espírito Santo.
Paulo
escreveu: ”…aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação
…nós pregamos a Cristo crucificado …loucura para os gentios …
Porque a
sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus …a fim de que ninguém se
vanglorie na presença de Deus” (1 Co 1.19-29; 3.19).
Jesus
disse:
”Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos
tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mt
18.3).
”Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou:
Graças
te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas
aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos.
Sim, ó Pai,
porque assim foi do teu agrado” (Lc 10.21).
Tudo aquilo que caracteriza
os “eruditos de boa formação” opõe-se à atitude que devemos ter em nossa
humilde caminhada com o Senhor.
Deus declara: ”habito… com o
contrito e abatido de espírito… eis para quem olharei: para o
pobre[humilde] …que treme da minha palavra” (Is 57.15; 66.2).
Mas os
“eruditos da Bíblia”, como os do Jesus Seminar (um grupo de teólogos
liberais formado nos EUA para discutir a veracidade das palavras de
Jesus nos Evangelhos – N.T.), entre outros aos quais a mídia recorre
devido ao seu suposto conhecimento de Deus e de Cristo, estão muito
longe de tremer diante da Palavra de Deus.
Quando são solicitados a dar
sua opinião sobre Deus e Cristo, eles colocam a si mesmos como juízes da
Bíblia, como se tivessem autoridade para destrinchá-la.
Durante
esse processo eles violam o bom-senso, tentando impor suas ideias
pré-concebidas na sua leitura do texto bíblico.
O que esses eruditos
fazem nunca seria aceito num tribunal de justiça.
Apesar de terem
nascido mais de 1900 anos depois da ocorrência dos fatos, eles têm a
audácia de contradizer os relatos das testemunhas oculares – mas mesmo
assim milhões de pessoas os levam a sério, fazendo-os se sentirem
capazes de reinventar a história e o passado.
Ao contemplar tal
situação, lembro-me da expressão satírica que era sussurrada nos tempos
da Cortina de Ferro:
“A União Soviética é o único país com um passado
imprevisível”.
Um Deus Sem Poder.
Caso
esses “experts” realmente acreditem em um deus, ele não faz milagres.
Por isso eles dizem que o Mar Vermelho não poderia se abrir para que os
israelitas atravessassem em terra seca, que as muralhas de Jericó não
poderiam ter caído como relatou Josué (que estava lá e viu aquilo
acontecer), que Jesus não poderia ter literalmente caminhado sobre a
água, curado os doentes, ressuscitado pessoas, alimentado 5.000 com
alguns pães e peixes, morrido por nossos pecados e ressurgido dentre os
mortos (deve haver alguma outra explicação para a sepultura vazia!).
Tal
incredulidade é televisionada para o mundo inteiro como sendo a
verdade, enquanto aqueles que podem provar a veracidade da Bíblia
raramente têm oportunidade de expressar suas opiniões.
Como resultado,
milhões de pessoas passam a acreditar que a Bíblia é uma coleção de
mitos, como afirmam os apresentadores de TV.
Esses simpósios
altamente prestigiados, transmitidos pelo rádio, pela televisão e
divulgados na mídia impressa, exploram novas ideias sobre Deus e Cristo
para o homem moderno.
Considerando o grande entusiasmo com que a série
de livros sobre Harry Potter foi recebida, os eruditos parecem estar em
sintonia com o tempo em que vivemos.
Um novo mito, aceitável por todos,
poderia dar sustentação a uma nova religião mundial que unificaria o
mundo – algo que Jesus não tentou fazer.
Cristo não veio para ”dar paz à
terra… antes, divisão” (Lc 12.51).
A Religião da Unificação.
Os
povos da terra, entretanto, querem um homem que seja capaz de trazer
paz e unidade.
Quem conseguiria tal feito senão o Anticristo, como a
Bíblia prevê?
Jesus disse aos judeus:
”Eu vim em nome de meu Pai, e não
me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, certamente, o
recebereis” (Jo 5.43).
Essas conferências conduzidas por “especialistas
em Bíblia” e os especiais exibidos pelas emissoras de TV servirão apenas
para preparar o mundo para o “homem da iniquidade”.
A Influência do Cristianismo.
Numa
discussão realizada na internet depois de um programa de tom humanista e
cético apresentado na TV, alguém perguntou:
“Por que os rabinos e as
autoridades romanas não mostraram o corpo de Jesus, se Ele continuava
morto?”
O apresentador respondeu:
“Eu confesso que esse assunto é muito
complicado de entender…”
Mas esse é o cerne do cristianismo!
Como um
programa de TV poderia hipoteticamente falar sobre Jesus e minimizar a
ressurreição?
O apresentador enfatizou o impacto positivo que Jesus,
Seus exemplos e ensinamentos tiveram sobre o mundo.
Porém, se os
primeiros seguidores de Jesus Cristo eram mentirosos e tentaram fazer
com que um homem que estava morto parecesse estar vivo, que tipo de
influência é essa?
Ele tratou do assunto com evasivas, dizendo: “a
questão da ressurreição talvez seja a mais delicada de todas elas”.
O
mesmo apresentador afirmou que quase todos os entrevistados em seu
programa eram cristãos.
O título de “cristão” foi usado apenas para
designar os discípulos de Cristo (At 11.26).
Para ser um cristão a
pessoa precisa ser um discípulo/seguidor de Cristo, crer nEle e obedecer
aos Seus ensinamentos.
Os eruditos alegam que o Novo Testamento não é
preciso, portanto, não podemos ter certeza de quem Jesus realmente era, o
que Ele fez e o que ensinou.
Se esse é o caso, usar o título de
“cristão” é tanto falso quanto tolice.
Como uma pessoa pode ser um
seguidor de alguém sobre o qual não há um registro preciso de quem era,
do que disse e o que fez?
O apresentador ainda afirmou que a
“busca por Jesus” foi “uma das experiências mais enriquecedoras de minha
vida como jornalista… quando tive a oportunidade de ir em busca daquilo
que é possível saber sobre Jesus, o homem”.
Mesmo assim essa “busca”
substituiu os registros de testemunhas oculares por meras especulações.
Perguntado por que acreditava que os Evangelhos foram escritos numa data
posterior, o jornalista respondeu:
“Baseamo-nos nos historiadores e
eruditos”.
Não, ele se baseou em alguns “especialistas” que não
acreditam na veracidade da Bíblia, ignorando multidões de outros que são
igualmente qualificados e poderiam provar que ela é verdadeira.
Abordagem Tendenciosa.
Ele
também foi questionado sobre o porquê de seu programa ter sido “tão
tendencioso em favorecer aqueles que rejeitam a precisão histórica da
narrativa nos Evangelhos” (até mesmo o padre católico presente era
cético quanto a isso) e por que apresentou mais especulações do que
fatos”.
Sua resposta foi: “para aqueles que interpretam os Evangelhos
literalmente… o que existe de mais poderoso neles é precisamente o fato
de que, por exemplo, a narrativa do nascimento de Jesus… comprova as
profecias e mostra que ele era o Messias”.
Mas ele nunca explicou porque
ignorou essa prova na TV.
Um dos especialistas convidados (John
Dominic Crossan, “o mais famoso especialista em Jesus do mundo” e
co-fundador do Jesus Seminar) foi perguntado porque o programa “não teve
a presença de mais eruditos conservadores”.
Ele desculpou-se, dizendo
que: “nós sempre damos ouvidos ao outro lado [o conservador]“.
Isso não é
verdade, pois escutamos muito mais o lado dele, que afirma que os
Evangelhos são “uma história cheia de metáforas e não um evento
histórico” e que os primeiros cristãos “não permitiram que a morte [de
Cristo] desse fim ao seu movimento… mas insistiram [falsamente] que Deus
havia vindicado a Jesus ao ressuscitá-lo dos mortos”.
Crossan foi
perguntado porque não deu atenção ao encontro do Cristo ressurreto com
Saulo de Tarso, que levou à conversão deste, fazendo com que deixasse de
ser um perseguidor da Igreja e se tornasse seu principal apóstolo.
Ele
tentou responder essa pergunta evasivamente, admitindo que os eruditos
do Jesus Seminar não têm uma opinião unânime e que suas conclusões foram
decididas por votação.
É isso que eles chamam de “erudição”?
O
ceticismo é válido apenas para evitar que uma pessoa seja enganada por
uma fraude.
As seitas crescem apenas porque as multidões estão dispostas
a seguir um líder religioso autoritário (apesar de seus ensinos e
profecias falsos que contradizem diretamente o que a Bíblia ensina).
Pessoas como Joseph Smith, Mary Baker Eddy, as Testemunhas de Jeová, o
papa ou Maomé, e qualquer um que diga ser o único detentor da verdade,
são exemplos disso.
Contudo, qualquer pessoa racional deveria exigir
evidências sólidas antes de confiar o seu destino eterno a uma crença
religiosa.
A Supremacia da Bíblia.
A
Bíblia prova sua validade com fatos e eventos reais da história que
foram profetizados milhares de anos antes de ocorrerem, um cumprimento
que o mundo pôde testemunhar.
O mesmo não pode ser dito do Corão, dos
Vedas hindus, das palavras de Buda ou Confúcio, do Livro de Mórmon ou de
qualquer outro escrito religioso.
Irvin H. Linton expressou isso em seu
livro A Lawyer Examines the Bible (Um Advogado Examina a Bíblia):
“duvidar não é pecado, mas satisfazer-se em continuar tendo dúvidas
enquanto Deus providenciou ‘tantas provas infalíveis’ para
solucioná-las, é [pecado]…”
Esses eruditos dão a impressão de que
nenhuma pessoa, com um mínimo de inteligência, pode crer na Bíblia.
Pelo
contrário, muitos dos maiores intelectuais da história (alguns dos
quais fariam os “experts” de hoje parecerem tolos) afirmaram que a
Bíblia oferece provas concretas de tudo aquilo que afirma.
Foi o que
testemunhou Daniel Webster, que certamente pode ser considerado uma das
mentes mais brilhantes dos últimos séculos: ele cria no nascimento
virginal de Jesus, em Sua divindade, em Seus milagres, na Sua morte
vicária pelos nossos pecados e em Sua ressurreição.
Ninguém é mais
capacitado a examinar as evidências do que aqueles que exercem
profissões relacionadas com a lei e os aspectos legais – e a maioria dos
mais famosos advogados, juízes e criminologistas humildemente
reconheceu que a Palavra de Deus é verdadeira, dando testemunho de fé em
Jesus Cristo, baseando-se nas evidências que eles próprios examinaram
criticamente.
Entre eles estava Sir Robert Anderson, chefe da Divisão de
Investigações da Scotland Yard.
É inegável que ele foi um dos maiores
investigadores de todos os tempos. Os livros que escreveu tornaram-se
clássicos, especialmente The Coming Prince (O Príncipe Vindouro).
Essa
obra prova que Cristo cumpriu a incrível profecia de Daniel 9, que
descrevia o dia em que o Messias entraria em Jerusalém montado num
jumentinho e seria exaltado, mas quatro dias depois seria crucificado.
Seu outro livro,Daniel in the Critics’ Den (Daniel na Cova dos
Críticos), confronta as tentativas dos críticos em desacreditar as
profecias do livro de Daniel que validam a Bíblia.
Lord Caldecote,
ministro da Justiça da Inglaterra, declarou: “…o Novo Testamento… daria
um caso tremendo… se considerarmos apenas as evidências, pois os fatos
nele contidos… [incluem] a ressurreição…”
Lord Lyndhurst, um dos maiores
conhecedores de legislação da Inglaterra, disse:
“Eu sei muito bem o
que é uma evidência e posso assegurar que as evidências da ressurreição
permanecem inquestionáveis até hoje”.
O professor Thomas Arnold, um
renomado historiador inglês, afirmou:
“Não conheço outro fato na
história da humanidade que possa ser comprovado com qualquer evidência
maior e melhor… do que Cristo ter morrido e ressuscitado dentre os
mortos”.
Da mesma forma, Simon Greenleaf, co-fundador da Escola de
Direito de Harvard (que foi “a maior autoridade nas cortes americanas”,
de acordo com Fuller, presidente da Suprema Corte de Justiça dos EUA),
depois de examinar exaustivamente as evidências, aceitou Jesus como
Salvador. Greenleaf escreveu Testimony of the Evangelists (Testemunho
dos Evangelistas), no qual declara que a Bíblia pode ser submetida a
qualquer teste de evidências que poderia ser exigido numa corte de
justiça e desafia seus companheiros especialistas em Direito a
examiná-la de maneira honesta.
Mártires da Verdade.
Muitos
religiosos zelosos morreram como mártires – mas o martírio dos
apóstolos foi único.
Eles não morreram apenas por seu amor e lealdade a
Cristo, mas por testificar dos fatos que são a base do cristianismo: o
nascimento virginal de Cristo, Sua divindade, Seus milagres, Sua vida
sem pecado, Sua morte pelos nossos pecados e Sua ressurreição.
Ninguém é
tolo o bastante para morrer por aquilo que sabe ser uma mentira.
Todos
os apóstolos tiveram mortes horríveis, mas nenhum deles pediu para ser
poupado da pena negando seu testemunho sobre Cristo.
Poderíamos
citar ainda uma multidão dos mais eminentes eruditos, cientistas,
historiadores e advogados que confirmaram as declarações citadas ao
afirmar, baseados num exame minucioso, que cada uma das palavras da
Bíblia é verdadeira.
Por que os especiais de TV, filmes, conferências e
simpósios que procuram “o Jesus histórico”, não chamam essas testemunhas
para mostrar as inegáveis evidências da veracidade da Bíblia?
Será que
eles realmente estão preocupados com a verdade?
A Importância da Ressurreição.
Paulo
argumentou corretamente que, se Cristo não ressuscitou dentre os
mortos, ele e os outros apóstolos eram mentirosos.
Esses supostos
“eruditos” estão afirmando que os apóstolos eram mentirosos, mas que
aquilo que ensinavam com sua mentira era tão bom que mudou o mundo para
melhor.
Isso não faz sentido.
Como podem mentiras ser o fundamento para a
maior influência positiva na história?
Sim, “a maior história de
todo os tempos” é totalmente verdadeira.
Devemos nos convencer disso não
só emocionalmente, mas também baseados na sólida evidência que Deus
graciosamente nos deu em Sua Palavra.
Nós, como verdadeiros discípulos
de Cristo, temos a obrigação de ensinar isso em nossas igrejas, escolas e
lares.
Precisamos também usar essas evidências em nossa proclamação do
Evangelho, oferecendo àqueles que ganhamos para Cristo uma base sólida
para a fé.
É necessário que “examinemos as Escrituras” todos os dias,
para crescermos em Sua graça, no amor e no conhecimento de Sua Palavra,
comunicando, no poder do Espírito Santo, essa inegável verdade aos
outros.
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