“Porque
os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a
sua própria divindade, claramente se reconhecem… Tais homens são por
isso indesculpáveis” (Rm 1.20).
Bilhões de pessoas ao redor
do mundo assistiram à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de
Inverno de 1994 e ouviram preocupações sobre o meio ambiente sendo
manifestadas nos discursos.
Atores e atrizes em vestimentas exóticas
representaram papéis de tradicionais espíritos da natureza noruegueses,
de diferentes formas e tamanhos, emergindo de sob a neve.
Os locutores
da TV observaram displicentemente que os noruegueses não constroem sobre
um terreno sem a aprovação dos espíritos da natureza que ali residem.
Foi sugerido que o contato com tais entidades facilita as decisões
ecológicas corretas.
O espiritismo/paganismo foi apresentado de forma
favorável a bilhões de telespectadores!
O paganismo misturado com
falso cristianismo (a religião da antiga Roma depois que ela se tornou
“cristã” sob os papas) será a nova religião mundial quando o Império
Romano reviver mundialmente sob o anticristo.
Na verdade, a unidade
política e religiosa mundial, que de alguma forma terá que incluir 1
bilhão de muçulmanos, seria impossível sem o desaparecimento repentino e
assustador de incontáveis milhões de pessoas no arrebatamento.
Isso,
entretanto, não elimina a importância da apostasia e do movimento
ecumênico na preparação das bases para a unificação mundial do
cristianismo e do paganismo.
A dupla ameaça do holocausto nuclear e
do colapso ecológico também terá um papel vital na unificação do mundo
para lutar pela sua própria sobrevivência.
Mais de 30 Estados americanos
já adotaram leis implantando o ensino de questões ambientais nas
escolas.
Por trás do movimento ecológico está a teoria de que o
ser humano é produto de forças evolucionárias inerentes ao Universo.
Os
humanistas científicos consideram que essas forças são impessoais,
enquanto os pagãos clássicos ou adeptos da Nova Era vêem o mundo e o
cosmo como uma entidade/divindade viva, chamada de Mãe Natureza
ou Gaia.
Agora, cientistas de destaque e líderes religiosos estão
realizando reuniões de alto nível para buscar soluções conjuntas para a
restauração e preservação do planeta Terra.
Em 1985, o primeiro
encontro do “Fórum Global dos Líderes Espirituais e Parlamentares para a
Sobrevivência Humana” reuniu líderes espirituais e políticos de cinco
continentes e das cinco maiores religiões mundiais, para planejar a
salvação ecológica e a paz mundial.
Eles declararam conjuntamente:
“Estamos entrando em uma era de cidadania global e de uma nova
consciência, que transcendem todas as barreiras de raça e religião…
garantindo o bem-estar e a paz.”
Devemos ficar atentos quando o ser
humano pensar ter alcançado ”paz e segurança” (1 Ts 5.3)!
Esse
pacto levou à conferência de 5 dias do “Fórum Global” em 1988 em Oxford.
Líderes religiosos e políticos de 52 países (acompanhados dessa vez por
cientistas de destaque), reuniram-se para “unir todas as religiões com
todas as orientações políticas”.
Em uma “Declaração Final” conjunta, os
participantes da conferência afirmaram:
“Fomos levados a nos reunir por
uma preocupação conjunta pela sobrevivência global, entendendo a unidade
essencial da humanidade…”
O “Fórum Global” de 1990 reuniu mais de
1.000 participantes de 83 países.
Realizado em Moscou, ele foi
co-patrocinado pelo primeiro Parlamento Soviético livremente eleito, por
todas as entidades religiosas soviéticas, pela Academia de Ciências da
URSS e pela “Fundação pela Sobrevivência e o Progresso da Humanidade”.
Em seu discurso no plenário, o então senador americano Al Gore (depois
vice-presidente), um batista do Sul dos EUA, cujos escritos refletem sua
crença na deusa-mãe Gaia, declarou que os problemas ecológicos somente
poderão ser solucionados através de uma “nova espiritualidade” comum a
todas as religiões (a “nova” espiritualidade ecumênica de Gore é
paganismo revivido).
A “Declaração de Moscou”, assinada pelos
participantes, pedia a instituição de “um conselho global de líderes
espirituais” e a “criação de uma oração inter-religiosa… uma nova
comunhão com a natureza…”
Essa crescente espiritualidade pagã, com
sua adoração à criação ao invés do Criador (Rm 1.21-23), é ideal para
unir a Ciência com todas as religiões não-cristãs.
Por exemplo, as
conferências do “Instituto Isthmus”, com sede em Dallas, atraem
cientistas de destaque e líderes religiosos para discutir “Ciência e
espiritualidade”.
Normalmente realizadas no campus da Universidade do
Texas, as conferências típicas incluem discussões sobre os aspectos
“espirituais” da ecologia e Gaia.
Sua noção de “espiritual” é claramente
pagã/panteísta e não bíblica.
O pagão Carl Sagan (entrementes
falecido.
NR), adorador do cosmo, disse no “Fórum Global” de Moscou que a
Terra deveria ser considerada “sagrada” para que houvesse um
encorajamento a tratá-la com “cuidado e respeito” – não porque Deus a
fez, mas porque ela (Gaia) nos fez.
Sagan, que rejeitava o Deus bíblico,
dizia que deveríamos “venerar o Sol e as estrelas”.
Esse neopanteísmo
científico é chamado de ecoteologia.
Outro dos seus defensores, o
professor Victor Ferkiss, diz que a premissa básica é: “O Universo é
Deus”.
O ateu Mikhail Gorbachev continua tendo grande influência
internacional.
Sua “Fundação Gorbachev nos EUA”, que dispõe de ricas
dotações, têm seus escritórios em Presidio (antiga base militar
americana), com vista para a ponte Golden Gate (San
Francisco/Califórnia).
Consultor envolvido no fechamento de outras bases
militares dos EUA, Gorbachev é presidente da entidade de vigilância
ecológica “Cruz Verde Internacional”, um fruto do “Fórum Global”,
sediada em Haia.
Ele diz que seu maior objetivo é “unir as nações… para
estimular a nova consciência ecológica… devolvendo ao homem a noção de
ser parte da natureza.”
Exigir do homem que ele se comporte como
“parte da natureza”, é uma admissão de que ele não o é.
As criaturas da
natureza não precisam de tal exortação.
Gorbachev disse que “o conflito
com a natureza é fundamental para nossas tecnologias.
” Entretanto, é
impossível que criaturas naturais tenham conflito com a natureza.
Rádios, TVs, automóveis, aviões, computadores, óperas e a arte não são
naturais; do mesmo modo como não o são ambulâncias, médicos, hospitais e
compaixão.
Se os evolucionistas acreditam na sua teoria, eles
deveriam fechar todas as instalações médicas e deixar que os fracos
morressem naturalmente.
O prolongamento da vida de tais pessoas através
de meios médicos permite que elas passem seus defeitos para as gerações
seguintes.
Se a evolução (a única visão permitida nas escolas) é
verdadeira, temos que parar de tentar encontrar a cura para a AIDS,
parar de tratar os que têm o vírus HIV e temos que deixá-los morrer.
Como a AIDS é uma moléstia principalmente de homossexuais, essa deve ser
a forma da natureza eliminar aqueles que praticam o que é inegavelmente
sexo não-natural.
De acordo com a “sobrevivência dos mais aptos” da
natureza, quanto antes morrerem os que têm deficiências, melhor para a
nossa espécie!
Se a interrupção de qualquer assistência aos
doentes, de modo que somente os “mais aptos sobrevivam”, parece áspera,
culpe a natureza.
Essa é a sua maneira.
Não há nada mais natural do que
doença, dor, morte e as calamidades conhecidas como
“catástrofes naturais” (furacões, terremotos, relâmpagos, secas e fomes,
para citar algumas).
Gaia ou “a mãe natureza” é tudo, menos bondosa.
A
tentativa dos evolucionistas de ter as duas coisas – rejeitando um
Criador pessoal, mas insistindo na moral e compaixão que não podem vir
da natureza – desmascara a mentira que está sendo ensinada como fato nas
escolas.
Os animais não se preocupam em ajudar seus semelhantes,
mesmo diante da morte.
Se fôssemos um produto natural da evolução,
aceitaríamos a morte como um processo natural.
Depois que o leão derruba
sua vítima, a manada faz uma pausa na fuga e começa a pastar enquanto
ele come sua presa nas proximidades.
Em contraste, o homem pranteia seus
semelhantes (Gn 21.16; 23.2; 1 Rs 13.29) – e sente ódio interior da
própria morte.
O homem compreende que a morte não é a maneira como as
coisas deveriam ser, mas que se trata de um inimigo que invadiu nossas
vidas.
Somente Cristo destrói a morte (1 Co 15.51-57; Hb 2.14-15),
diante da qual a Ciência e a religião não têm esperança real (1 Ts
4.13).
Se a evolução fosse verdadeira e abraçar as árvores fizesse
qualquer sentido, o que quer que o homem fizesse, desde assaltos, a
assassinatos e guerras seriam atos naturais.
A polícia, os juizados, as
prisões e as acusações criminais teriam que ser eliminadas.
Os animais, o
vento e o mar, a gravidade e os relâmpagos não agem de forma moral nem
imoral, mas natural – e a mesma coisa seria verdadeira para o homem.
Se
não é errado para um vulcão (a natureza não tem moral) expelir gases
venenosos, também não é errado que fábricas ou aerossóis feitos pelo
homem façam o mesmo.
Também não pode haver qualquer reclamação se os
madeireiros matam as corujas e os caçadores de baleias as exterminam.
Destruindo criaturas que estão no seu caminho, o homem, como o predador
final, estaria somente cumprindo seu objetivo evolucionário como a
espécie “mais apta” a “sobreviver” à custa das outras.
A lógica
honesta desacredita a teoria evolucionária por trás de grande parte do
movimento ecológico.
Nenhuma força natural impessoal poderia projetar e
produzir uma única célula, muito menos o cérebro.
Somente o Deus da
Bíblia poderia ter trazido à existência o homem moral.
Portanto, a
solução para os problemas do homem não é viver em harmonia com a
natureza, como nos está sendo dito, mas em ser reconciliado com o Deus
que o fez (2 Co 5.18-20; Cl 1.21) e na submissão à Sua vontade.
Essa
verdade é comprometida pelos evangélicos que se unem ao movimento
ecológico dirigido pelos adoradores pagãos de Gaia e pelos defensores da
evolução!
Em 1991, a entidade “Evangélicos pela Ação Social”
(cujo diretor executivo é Ron Sider) ajudou a organizar um encontro de
cientistas e líderes religiosos para discutir a salvação do meio
ambiente.
Entre os participantes evangélicos entusiasmados em se juntar a
um movimento pagão estavam o presidente da “Visão Mundial” e o
presidente do “Seminário Teológico Asbury”.
Em maio de 1992, líderes
evangélicos voltaram a participar de uma coalizão de Ciência e religião
promovida pelo “Apelo Conjunto da Religião e Ciência pelo Meio
Ambiente”.
O “Apelo Conjunto” tem sede na ímpia Catedral Episcopal
de São João, o Divino, um bastião do engano da Nova
Era/ecumênico/anticristão.
Seu blasfemo deão, James Parks Morton,
declara que “o corpo de Cristo é a Terra…”
Do encontro de maio de 1992
resultou um consórcio do meio ambiente formado pela “Conferência
Católica Americana”, pelo “Conselho Nacional de Igrejas dos EUA”, pela
“Rede Ecológica Evangélica dos EUA” e pela “Consulta de Vida Judaica e o
Meio Ambiente nos EUA”.
Fundado em 1993 pelo vice-presidente Al
Gore, a “Aliança Nacional Religiosa pelo Meio Ambiente”, que também tem
sede na Catedral de São João, o Divino, distribuiu dezenas de milhares
de pacotes contendo orações, idéias para sermões e lições de escola
dominical de orientação ecológica a congregações católicas,
protestantes, judaicas e evangélicas por todos os EUA.
Seu diretor está
convicto de que a crise ecológica vai transformar “o que significará ser
religioso no século 21″.
Além da “Visão Mundial”, outras organizações
evangélicas envolvidas são a “Inter-Varsity” e a “Associação Nacional de
Evangélicos dos EUA”.
Thomas Perry, um padre católico, diz que a
crise ecológica exige “um novo senso do que significa ser humano e uma
nova história sobre como as coisas vieram a existir” (um Gênesis
revisado).
A ênfase tem que ser deslocada de um céu possível para o
cuidado com a Terra, e a ética e a moral têm que envolver os direitos do
mundo natural.
Larry Rasmussen, professor do “Seminário Teológico
Union”, pede uma “fé bio-espiritual” em que o homem é parte da ordem
natural das coisas “sem direito especial sobre os recursos e sem direito
especial ao amor de Deus.”
Tal insensatez pagã está ganhando mais
e mais adeptos entre os evangélicos, que agora dizem que a ordem de
pregar o Evangelho, dada por Jesus, inclui a salvação do meio ambiente…
Desse modo, os cristãos formam alianças comprometedoras com os ímpios e
gastam seu tempo e seus esforços cuidando do mundo temporal, ao invés de
prepararem as almas para a Eternidade.
Sim, devemos ser prudentes
guardadores do meio ambiente que Deus nos confiou.
Mesmo assim, muitas
das advertências sobre explosão populacional e buracos na camada de
ozônio, etc.
São exageros alarmistas destinados a promover soluções
humanistas.
Algumas dessas teorias são altamente questionáveis.
Até
1977, a Academia de Ciências dos EUA advertia a respeito de uma vindoura
era glacial.
Agora ouvimos advertências sobre o aquecimento global.
Além do mais, a maior parte dos problemas é devida à corrupção de
governos ímpios, os quais Cristo nunca pediu que reformássemos.
Esta
velha criação está sob o juízo de Deus e não será salva dele, mas têm
sido “entesourada” (ou seja, reservada) para a destruição pelo fogo (2
Pe 3.7-12).
Tudo vai ser destruído e Deus fará ”novos céus e nova terra”
(v. 13).
Temos que viver para aquele estado eterno e advertir aos
homens que somente os salvos pela obra redentora de Cristo na cruz
habitarão Seu novo Universo perfeito.
(Dave Hunt, TBC 3/94)
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