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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Em entrevista, cientista americano afirma, “Deus é uma invenção da humanidade”

Nos últimos anos os ateus têm se manifestado ativamente contra as religiões, inclusive alguns da classe científica se tornaram militantes da causa, nomes como o do biólogo Richard Dawiskins e do físico Stephen Hawking, são conhecidos entre a militância ateísta.


Outro nome da comunidade científica que se manifestou contra os religiosos foi o cientista americano Lawrence Krauss, ele disparou, “Deus é uma invenção da humanidade”.
 
Em recente entrevista à revista Época, Krauss, que é cosmologista mundialmente conhecido por seus programas no Discovery Channel e por seu trabalho teórico no campo científico, expos sua visão em relação à religião e a Deus.

Quando questionado se a crença em Deus tornou-se obsoleta com o avanço da ciência, o cientista respondeu.

”O avanço da física, da química e da biologia nos fez desvendar o funcionamento da matéria e dos fenômenos biológicos. 

Ao mesmo tempo, esse avanço foi reduzindo o alcance do termo milagre até deixá-lo restrito ao que teria existido antes do big bang, a explosão primordial que criou o Universo há 13,7 bilhões de anos. 

Agora, o milagre divino perdeu esse último bastião. 

A cosmologia do século XX chegou ao ponto em que podemos falar sobre a criação e a evolução de todo o Universo, um tema que não é mais do domínio exclusivo da teologia.”.

Krauss foi rígido ao criticar os que acreditam em Deus, “os religiosos que afirmam que conhecem as verdades fundamentais… 

É inacreditável. 

Eles afirmam saber que Deus criou o Universo. 

Isso é preguiça intelectual. 

A ciência lida muito bem com a existência de mistérios à espera de ser revelados. 

Sempre haverá perguntas sem respostas e mistérios a descobrir. 

Os milagres se tornaram obsoletos.”.

Comentando sobre seu livro, o cientista levanta a hipótese do Universo ter surgido a partir do nada e que há a possibilidade de haver mais universos existentes, o que ele chamou de “multiuniverso”, e sobre as condições futuras do universo citou ironicamente, “prefiro viver hum universo onde a vida é breve e preciosa a noutro onde o sentido da vida nos é ditado por um Saddam Hussein dos céus!”

Traçando um paralelo entre a ciência e a religião, o físico argumentou, “ninguém precisa ser um especialista em cosmologia para apreciar o panorama do surgimento e da evolução do Universo, da mesma forma como não é preciso ser músico para apreciar a música de Bach (que, aliás, era muito complexa!). 

Sim, as versões da ciência são mais complicadas que as da religião, mas também são muito mais interessantes. 

O Universo tem uma imaginação muito maior que a nossa e seus fenômenos que observamos, como a explosão de supernovas ou a criação de buracos-negros, são muito mais fascinantes do que os contos de fadas criados por gente que viveu há milhares de anos, muito antes de descobrirmos que a Terra orbita o Sol e que não estamos no centro do Universo.”.

Ao final da entrevista, Lawrence Kraus disse não se considerar um ateu, mas um antiteísta, “não posso provar sem sombra de dúvidas que Deus não existe, mas posso afirmar que preferiria muito mais viver num universo em que ele não exista.”, e ao ser questionado se Deus se tornou irrelevante para a sociedade, respondeu, “porque eu penso que Deus é uma invenção da humanidade, minha resposta é não. 

Se existisse um Deus, ele certamente teria deixado de se preocupar com os desígnios do cosmos logo depois de criá-lo, há 13,7 bilhões de anos, pois tudo o que aconteceu desde então pode ser explicado pela ciência. 

Não, Deus talvez não seja irrelevante. 

Ele é redundante.”.

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